Soja: Mercado no Brasil acompanha Chicago e tem dia preços em baixa e poucos negócios

Publicado em 28/10/2015 11:59

A pressão continua sobre os preços da soja na sessão desta quarta-feira (28) e os futuros da oleaginosa negociados na Bolsa de Chicago intensificavam suas baixas no início da tarde. Assim, por volta de 12h30 (horário de Brasília), as posições mais negociadas recuavam mais de 7 pontos, levando o vencimento maio/16, referência para a safra brasileira, a ser negociado a US$ 8,92 por bushel. 

Sem novidades, o mercado internacional se foca no peso que a boa evolução da colheita nos EUA e o desenvolvimento do plantio no Brasil exerce sobre as cotações e, por isso, segue operando do lado negativo da tabela, como explicaram analistas. 

As últimas previsões meteorológicas indicam que seguem as chuvas em toda a faixa central do Brasil, trazendo um cenário mais favorável para a semeadura da nova safra brasileira, a qual já apresenta um atraso em relação à média dos últimos anos, principalmente no Centro-Oeste do país.  

"Assim, o plantio da soja segue avançando em todas as regiões produtoras. E deverá permanecer nesse ritmo, uma vez esse padrão meteorológico deverá se manter inalterado até o começo de novembro", explica o agrometeorologista Marco Antônio dos Santos, da Somar Meteorologia.

Paralelamente, a agenda do mercado financeiro ganha uma importância ligeiramente maior nesta quarta, uma vez que começou hoje uma nova reunião do Federal Reserve (o banco central norte-americano). As expectativas para as decisões que estão por vir são grandes, mais uma vez, e influenciam, principalmente, o andamento do dólar. 

"A soja, nesta quarta, trabalha com algumas baixas modestas em um pregão bastante tranquilo", relata o analista internacional Bryce Knorr, do site Farm Futures. 

Mercado Nacional

No Brasil, o dia também é calmo e de poucos negócios. Ao lado de um novo dia de baixas em Chicago, o dólar volta a recuar frente ao real nesta quarta-feira. Por volta de 12h50 (Brasília), a divisa perdia 0,61% para R$ 3,873. 

Dessa forma, em Rio Grande, a soja disponível era negociada a R$ 86,50 por saca, estável em relação ao fechamento da última sessão, enquanto a oleaginosa da safra 2015/16, no mercado a futuro, tinha uma nova baixa - de 0,85% - e valia R$ 81,50.

"Volume de negócios segue reduzido, como é típico para esta época do ano. Os preços regionais estão prevalecendo sobre a paridade internacional. Por isso, os produtores que ainda contam com estoques remanescentes ficam à espreita, buscando barganhar preços mais atrativos", explica Camilo Motter, analista de mercado e economista da Granoeste Corretora.

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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