Soja: Com mercado de lado na CBOT e queda do dólar, preços cedem nos portos brasileiros

Publicado em 16/09/2015 13:41

O mercado internacional da soja caminha de lado na Bolsa de Chicago na sessão desta quarta-feira (16). Acompanhando a conclusão da nova safra norte-americana e de olho nas notícias que chegam do mercado financeiro - as quais são positivas hoje, principalmente as que chegam da China - os traders procuram um ponto de equilíbrio para as cotações e o que se observa na CBOT é, novamente, um pregão calmo e de pouca movimentação. 

Assim, por volta das 13h20 (horário de Brasília), o contrato novembro/15 era cotado a US$ 8,86 por bushel, perdendo 2,50 pontos. Já o maio/16 vinha a US$ 8,93, com queda de 1,75 ponto. Essas são posições de referência, respectivamente, para as safras dos EUA e do Brasil. 

Com um mercado morno em Chicago e o dólar recuando frente ao real nesta quarta, os preços da soja nos portos brasileiros também cedem ligeiramente. 

Ao mesmo tempo em que a moeda norte-americana perdia 0,93% e vinha cotada a R$ 3,822, em Paranaguá, a soja disponível valia R$ 81,00, recuando 1,22%, e em Rio Grande, R$ 83,80, com baixa de 0,24%. Já para o produto da safra nova, os preços eram de R$ 82,00 - com uma alta, apesar do quadro, de 2,50% no terminal paranaense, enquanto no gaúcho perdia 0,61% para R$ 81,50/saca. 

Bolsa de Chicago

Para Márcio Genciano, consultor da MGS Rural, a tendência para o mercado internacional ainda é de volatilidade. "O mercado da soja deve continuar trabalhando entre os patamares de US$ 8,50 a U$ 8,90/bushel até uma definição melhor da colheita norte-americana", diz. 

Além disso, a demanda ainda traz boas notícias e, segundo Genciano, as perspectivas se mantêm positivas. Hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou uma nova venda de soja da safra nova de 184,5 mil toneladas para a China e a notícia contribui para essa sustentação, ou ao menos para limitar as baixas quando registradas. 

Paralelamente, o mercado internacional recebeu ainda números da Farm Service Agency (FSA), que é um braço do USDA para números de área. Para a soja, a instituição informou que a área coberta pelo seguro e não plantada por conta de adversidades climáticas 880 mil - no boletim de agosto - para 890 mil hectares (em acres, 2,17 milhões e 2,20 milhões, respectivamente). A área total plantada esperada subiu de 32,17 milhões de hectares (79,54 mi de acres) para 32,66 milhões de hectares (80,7 mi de acres). E esses números, ainda de acordo com analistas, não trazem um reflexo de 100% do que é plantado no país, mas as áreas cobertas pelo seguro. 

Em seu relatório mensal de oferta e demanda divulgado no último dia 11 de setembro, o USDA estimou a área plantada de soja em 34,12 milhões de hectares e a de milho em 35,98 milhões. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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