Soja amplia baixas na CBOT com safra dos EUA e preocupações com a China
O mercado internacional da soja, na sessão desta terça-feira (18), vem intensificando suas baixas na Bolsa de Chicago e, segundo analistas, um dos principais motivos de pressão é o desenvolvimento da nova safra dos Estados Unidos. Paralelamente, preocupações com a economia da China também pesam sobre o mercado.
Por volta das 10h10 (horário de Brasília), as posições mais negociadas da oleaginosa na CBOT perdiam entre 6 e 8 pontos e o contrato novembro/15, referência para a safra dos EUA, já era cotado a US$ 9,09 por bushel. O contrato março/16, por sua vez, valia US$ 9,16/bu.
Nova safra dos EUA
Ontem, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe seu novo boletim semanal de acompanhamento de safras mantendo o índice das lavouras de soja do país inalterado em 63%. Os problemas estão mais concentrados no estado do Missouri, onde apenas 38% das plantações se apresentam na fase de formação de vagens, contra 61% da média da média dos últimos cinco anos. No restante do país, os índices estão se ajustando às médias.
E as últimas previsões do NOAA, departamento oficial de clima do governo norte-americano, indicam tempestades se movimentando por quase todo o Corn Belt nesta manhã de terça-feira e as mais alongadas - para os próximos sete dias - indicam um novo sistema chegando no final da semana trazendo chuvas para todas as regiões, à exceção do oeste do Meio-Oeste.
Economia da China
Nesta terça, os dois principais índices acionários da China caíram mais de 6% e, segundo informou a agência de notícias Reuters, refletindo as "especulações de que o banco central pode não ter pressa para afrouxar novamente a política monetária e temores de que um enfraquecimento ainda maior no iuan prejudique importadores".
E esse cenário mantém a confiança dos investidores ainda fragilizada. Como explica Bryce Knorr, analista de mercado e editor do portal internacional Farm Futures, esses investidores acreditam que o governo possa estar recuando das intervenções e deixando o mercado fazer seu papel. "Isso seria uma boa notícia no longo prazo, porém, poderia causar muitos efeitos no curto prazo, especialmente nos mercados emergentes", diz.
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