Semana para definir situação do produtor de trigo, por Gisele Loeblein do ZH
Será nesta semana que a situação do trigo se desenhará por completo no Estado. É que na sexta-feira termina o prazo recomendado para o plantio, conforme o zoneamento agrícola de risco climático estabelecido pelo Ministério da Agricultura. O cultivo dentro dessa janela dá ao produtor a segurança da cobertura do seguro rural em caso de intempéries. Fora dela, o agricultor assume todo o risco da operação.
Paralisado pelo excesso de chuva e de umidade – na semana passada, sequer foi possível medir o quanto a semeadura avançou –, o trabalho de cultivo da safra poderá ser retomado se a previsão de tempo seco se confirmar.
– Ainda não se tem, neste momento, a real dimensão dos prejuízos causados pela chuva. O cenário desta semana é favorável. Será decisiva – avalia Hamilton Jardim, presidente da Comissão de Trigo da Federação da Agricultura do Estado (Farsul).
O plantio no Rio Grande do Sul termina nas regiões mais frias, como os Campos de Cima da Serra. Por enquanto, afirma o dirigente, não houve demanda pela prorrogação do prazo – no ano passado, o calendário teve de ser espichado porque o plantio atrasou, também devido ao excesso de chuva. Mas se os pedidos chegarem, a situação será avaliada. Até agora, a certeza que se tem é de que a área irá encolher significativamente.
Presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias (Fecoagro), Paulo Pires estima que a média estadual fique em torno de 30%, embora em alguns locais esse percentual chegue perto de 50%.
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