Aprosoja diz que 20% dos produtores de soja de MT já não tem mais diesel para continuar a colheita
A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) repudia a radicalização do movimento dos caminheiros, que bloqueiam diversos pontos de rodovias no Estado. O endurecimento dos bloqueios, com o impedimento de passagem de caminhões com combustível, das cargas de grãos para os armazéns e de alimentos, está levando a produção e os municípios mato-grossenses ao caos generalizado.
Levantamento realizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) feito com 540 produtores rurais revelou que 20% deles não têm mais diesel para utilizar nos maquinários das lavouras e 80% têm o combustível para apenas mais cinco dias, em média.
O presidente da Aprosoja, Ricardo Tomczyk, relembra que a entidade considera justos alguns pontos da pauta dos caminhoneiros, exceto o tabelamento do frete. "Não podemos estipular um preço fixo para algo que é regulado pelo mercado", reforça.
A Aprosoja entende que o direito de manifestação pacífica é legítimo e cobra medidas do poder público para sanar este problema e, também, para garantir a ordem e o direito dos produtores de colher e transportar a safra.