Apesar de seca, potencial produtivo de soja no Mato Grosso continua alto, aponta INTL FCStone

Publicado em 10/02/2015 09:58
O estado sofreu uma queda de 38% nas precipitações em relação à média, mas manteve volume alto de 180 mm

O volume de chuvas abaixo da média histórica registrado no Mato Grosso em janeiro não foi capaz de afastar a expectativa de produção recorde para este ano, em mais de 27 milhões de toneladas. Quem explica é a consultoria INTL FCStone, que lançou nesta terça-feira (10) o ‘Giro da Safra’, análise histórica comparativa com base nos rendimentos históricos e no padrão climático de cada microrregião do estado.

A estiagem atingiu, em sua maior parte, as lavouras que estavam em fase de enchimento de grãos, quando a umidade é determinante para a produtividade. Apesar disso, o estado recebeu volume de 180 mm, média bem acima do registrado em outras regiões brasileiras produtoras. ‘Mesmo com uma variação negativa em relação à média (como o que está ocorrendo neste ano), o volume de chuvas fica em um nível adequado ao crescimento saudável das plantas’, explica a consultoria em relatório.

Não é exatamente a regularidade climática que faz com que o risco da produção de soja do Mato Grosso seja menor, mas sim o elevado nível de precipitação do estado. Em sua revisão de fevereiro sobre a Estimativa de Safra de grãos, a consultoria já havia apontado os efeitos atenuados do clima sobre a produção mato-grossense. ‘As expectativas que se tinha no início do ciclo, com produtividade recorde, não serão efetivadas, mas o rendimento ainda deve ficar acima das 3 toneladas por hectare, o que dará ao estado um novo recorde de produção’.

‘Giro da Safra’ é o primeiro estudo de uma série de relatórios que combinam dados técnicos e estatísticos às visitas a campo realizadas pela INTL FCStone em parceria com a Expedição Safra, projeto do Agronegócio Gazeta do Povo. O estado brasileiro escolhido para o lançamento da série de relatórios especiais foi o Mato Grosso, maior estado produtor de soja do Brasil, correspondente a cerca de 29% da produção nacional. O estudo considerou 59 microrregiões mato-grossenses que tiveram participação acima de 0,5% da área plantada de soja do Brasil no ciclo 2013/14 e somaram 77% da área total cultivada com a oleaginosa.

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Fonte: INTL FCStone

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