Soja: Mercado dá continuidade ao movimento positivo e exibe leves altas na manhã desta 6ª feira em Chicago

Publicado em 06/02/2015 07:45

Na manhã desta sexta-feira (6), as cotações futuras da soja negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) exibiam ligeiras altas. Por volta das 8h18 (horário de Brasília), as principais posições da oleaginosa registravam ganhos entre 2,00 e 3,75 pontos. O vencimento março/15 era cotado a US$ 9,83 por bushel.

O mercado dá continuidade ao movimento positivo iniciado no dia anterior. Nesta quinta-feira, os futuros da commodity subiram mais de 9 pontos, em decorrência de um movimento técnico, mas também pelo enfraquecimento do dólar frente à outras moedas e a recuperação na cotação do petróleo. Em alguns momentos do dia, o barril do petróleo chegou a subir mais de 5% no mercado internacional.

Em contrapartida, as exportações semanais recuaram 35% e totalizaram 489,700 mil toneladas até a semana encerrada no dia 29 de janeiro. As informações foram reportadas pelo boletim de vendas de exportação do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:

Soja: Na CBOT, mercado fecha a sessão com alta moderada frente à recuperação do petróleo

As cotações da soja negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) voltaram a subir nesta quinta-feira (5) e terminaram a sessão em campo positivo. Os principais contratos da oleaginosa encerraram o dia com ganhos entre 8,50 e 9,25 pontos. A posição março/15 era cotada a US$ 9,81 por bushel, depois de ter fechado o dia anterior a US$ 9,72 por bushel.

O mercado voltou a operar do lado positivo da tabela, após as fortes quedas observadas no pregão desta quarta-feira. De acordo com informações de agências internacionais, os preços futuros encontraram suporte na recuperação dos preços do petróleo. A commodity encerrou a quinta-feira com alta de 2,13%, cotado próximo de US$ 50,54 o barril. A valorização da commodity sinaliza aos participantes do mercado uma possibilidade de aumento na demanda do grão, para a utilização na fabricação de biodiesel.

Além disso, a fraqueza do dólar frente a outras moedas também contribuiu para a firmeza nos preços, já que aumenta a competitividade do produto norte-americano no cenário exportador. Diante desse quadro, os fundos de investimentos retornaram à ponta compradora do mercado, conforme dados dos sites internacionais.

Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou novo boletim de vendas para exportação. Até a semana encerrada no dia 29 de janeiro, as exportações de soja ficaram em 489,700 mil toneladas.

O número representa uma queda de 35% em relação à semana anterior, na qual, foram exportadas 888,2 mil toneladas, e um recuo de 27% em comparação com a média das últimas quatro semanas. No período, o principal comprador da soja norte-americana foi a China, com 225 mil toneladas do grão. Da safra nova, 2015/16, os números ficaram em 7,1 mil toneladas, contra 20,8 mil toneladas indicadas na semana passada. 

Para o ano comercial 2014/15, os EUA já venderam 45.437 milhões de toneladas de soja, equivalente a 94,4% do volume projetado. A projeção do USDA é de 48,2 milhões de toneladas nesta temporada. Com isso, já há um consenso entre os analistas do mercado, de que o departamento terá que atualizar os números nos próximos relatórios, já que o ano comercial só termina no dia 31 de agosto de 2015.

Mercado interno

De acordo com levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas, a quinta-feira foi de ligeiras altas nos preços da soja nas principais praças brasileiras. Em Ubiratã, Londrina e Cascavel, ambas no Paraná, o ganho foi de 0,90%, com a saca da oleaginosa a R$ 56,00. Na região de Jataí (GO), a alta foi mais expressiva, o valor subiu 1,12% e saca terminou o dia a R$ 54,10.

Já no Porto de Paranaguá, a soja para entrega em abril/15, registrou leve alta de 0,80%, e chegou a R$ 63,00. No Porto de Rio Grande, o ganho foi de 1,11%, com a saca do grão a R$ 63,50, para entrega em maio/15. Apesar das valorizações na Bolsa de Chicago, o câmbio encerrou o dia próximo da estabilidade ao redor de R$ 2,7415 na venda, com perda de 0,02%, o que garantiu altas modestas nos preços internos.

Durante a sessão, a moeda norte-americana tocou o patamar de R$ 2,7625 na máxima do pregão. No dia anterior, a moeda subiu 1,78% e chegou a R$ 2,7420 na venda. O maior patamar de fechamento desde 23 de março de 2005.

Safra da Argentina

Segundo informações reportadas pela Bolsa de Cereais de Buenos Aires, os produtores argentinos finalizaram o plantio da soja. A área semeada nesta temporada é de 20,4 milhões de hectares e a expectativa é que sejam colhidas ao redor de 57 milhões de toneladas do grão. Caso a estimativa se confirme, a produção será recorde.

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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