Soja: Preços esboçam recuperação e exibem ligeiros ganhos na manhã desta 5ª feira na CBOT

Publicado em 05/02/2015 07:24

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram o pregão desta quinta-feira (5) com leves ganhos. Por volta das 8h18 (horário de Brasília), os principais contratos da oleaginosa exibiam altas entre 4,50 e 5,25 pontos. A posição março/15 era cotada a US$ 9,77 por bushel, depois de ter encerrado a sessão anterior a US$ 9,72 por bushel.

As cotações futuras da commodity esboçam uma recuperação após as perdas observadas nesta quarta-feira. Os contratos registraram quedas entre 13,25 e 14,50 pontos, pressionados pelo mau humor do mercado financeiro. Do mesmo modo a forte desvalorização do petróleo também pesou sobre os preços, assim como, a maior disponilidade de farelo de soja no mercado norte-americano, conforme reportou o analista de mercado da Agrinvest, Eduardo Vanin, em entrevista ao Notícias Agrícolas.

Outro fator que deve influenciar os negócios desta quinta-feira será o boletim de vendas para exportação, reportado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Na semana anterior, o número ficou em 888,2 mil toneladas de soja.

Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:

Soja: Mercado acompanha queda do petróleo e termina sessão com perdas de dois dígitos em Chicago

Na sessão desta quarta-feira (4), os futuros da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) terminaram em campo negativo. As principais posições da oleaginosa encerraram o pregão com desvalorizações entre 13,25 e 14,50 pontos. O vencimento março/15 era cotado a US$ 9,72 por bushel, depois de ter fechado o dia anterior a US$ 9,87 por bushel.

As cotações futuras da commodity voltaram a recuar após os ganhos expressivos observado na sessão desta terça-feira. De acordo com o analista de mercado da Agrinvest, Eduardo Vanin, a forte queda registrada nos preços do petróleo, aliada ao mau humor do mercado financeiro pesaram sobre as commodities. A commodity encerrou o dia com queda de 4,31% e o barril negociado a US$ 48,71.

O mercado foi pressionado pelo aumento nos estoques de petróleo nos Estados Unidos, que subiram pela quarta semana consecutiva e atingiram um recorde, conforme dados da AIE (Administração de Informação de Energia). Os estoques chegaram a 9 milhões de barris por dia, contra a média histórica de 6 milhões de barris.

"Além disso, tivemos a firmeza do dólar frente a outras moedas de países emergentes, o que ocasionou um movimento de aversão ao risco. A maior disponibilidade da oferta de farelo de soja no mercado norte-americano também contribuiu para pressionar o mercado da oleaginosa em Chicago", explica Vanin.

Ainda na visão do analista, os preços da soja deverão permanecer mais pressionados até que as especulações sobre a nova safra dos EUA comecem a chegar no mercado. "E no último trimestre da temporada, temos uma oferta menor do grão no mercado norte-americano, então podemos ter oportunidades melhores de negócios entre os meses de maio e junho", acredita.

Mercado interno

Segundo levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas, a quarta-feira foi de pouca movimentação no mercado interno brasileiro. Em Não-me-toque (RS), a saca da soja subiu 0,94% e chegou a R$ 53,50. Em Cascavel (PR), a cotação também registrou ligeira alta, de 0,91%, com a saca da oleaginosa cotada a R$ 55,50.

No Porto de Rio Grande, a saca da soja para entrega em maio/15, subiu 0,48%, negociada a R$ 62,80. Na contramão desse cenário, em São Gabriel do Oeste (MS), o preço caiu 1,02%, e a saca da soja chegou a R$ 48,50. Em Jataí (GO), o dia também foi de queda, com a saca a R$ 53,50 e perda de 0,19%. No Porto de Paranaguá, a saca do grão para entrega em abril, o preço caiu 0,79%, negociada a R$ 62,50.

Nas demais praças, o dia foi de estabilidade. "Apesar da alta do dólar, tivemos a queda nos preços da soja no mercado internacional e tivemos um dia menos movimentado em termos de fixação. Nesse momento, o produtor deve observar a sazonalidade das coisas e se preparar para fazer os movimentos e fixar a soja", acredita o analista.

Dólar

A moeda norte-americana fechou a sessão desta quarta-feira com forte alta, de 1,78%, negociado a R$ 2,7420 na venda. Esse é o maior patamar de fechamento desde 23 de março de 2005. Na máxima do dia, o câmbio chegou a R$ 2,7490. Conforme informações da agência Reuters, o dólar encontrou suporte na queda do petróleo e a expectativa de que os juros nos Estados Unidos deverão subir em meados desse ano.

Tags:

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Soja fecha no vermelho em Chicago nesta 2ª feira, com pressão ainda vinda dos fundamentos e dólar
Sim! Há demanda para toda a soja que o mundo está produzindo na safra 2024/25
Soja segue operando com estabilidade em Chicago nesta 2ª, mas passa para o campo negativo
Soja/Cepea: Clima favorável reforça perspectiva de maior oferta, e preço cai
Aprosoja MT apresenta sugestões ao Governo de MT para regulamentação da Lei da Moratória da Soja
Soja sobe levemente na Bolsa de Chicago nesta 2ª feira, acompanhando altas entre os derivados
undefined