Soja: Com movimento de realização de lucros, mercado amplia perdas em Chicago
Ao longo dos negócios desta quarta-feira (4), os futuros da soja ampliaram as perdas na Bolsa de Chicago (CBOT). Por volta das 12h48 (horário de Brasília), as principais posições da oleaginosa registravam quedas entre 11,50 e 12,75 pontos. O vencimento março/15 era cotado a US$ 9,74 por bushel, depois de ter encerrado o pregão anterior a US$ 9,87 por bushel.
De acordo com informações do site internacional Farm Futures, o mercado exibie um movimento de realização de lucros, após os ganhos fortes observados na sessão de terça-feira. Ontem, as cotações chegaram a tocar do patamar dos US$ 10 por bushel, impulsionadas pelos fundos que retornaram à ponta compradora do mercado. Na visão do consultor em agronegócio, Ênio Fernandes, o movimento de realização de lucros não deve durar por muito tempo.
"Não vejo grandes realizações nesse momento. Temos um intervalo bem estabelecido no curto prazo, entre US$ 9,50 por bushel até US$ 10,00 por bushel. As cotações recuaram muito recentemente e, quando os preços estão próximos do suporte, encontramos muitos compradores no mercado", destaca Fernandes.
Até o momento, cerca de 94% do volume projetado para a exportação nesta temporada já está comprometido. Segundo o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados), as exportações deverão totalizar 48,2 milhões de toneladas, porém, até o momento, o percentual chega a 45 milhões de toneladas e a temporada só termina em agosto.
Com isso, há um consenso entre os analistas de que o departamento norte-americano terá que revisar as estimativas para as exportações norte-americanas. A expectativa é que o número fique acima de 50 milhões de toneladas e, consequentemente, os estoques fiquem próximos de 8 milhões a 9 milhões de toneladas no país.
"Os fundamentos no mercado permanecem inalterados, temos o clima na América do Sul, a demanda e o petróleo, que subiu mais de 20% nos últimos pregões. No Brasil, temos o andamento da colheita e as notícias originadas do campo deverão refletir no mercado nos próximos 20 dias. Em fevereiro, deveremos ter pequenos rallies, que darão oportunidade aos produtores", explica o consultor.