Soja volta a perder força em Chicago e preços operam no vermelho na tarde desta 6ª

Publicado em 30/01/2015 14:27

Os preços da soja ampliaram suas baixas na Bolsa de Chicago na sessão desta sexta-feira (30), a última de janeiro, e, por volta das 15h20 (horário de Brasília), os principais vencimentos recuavam entre pouco mais de 8 pontos. Durante a manhã, as posições mais negociadas ensairam algumas ligeiras altas, porém, o mercado não conseguiu sustentá-las. 

Segundo explicam analistas, o mercado intensifica seu movimento de liquidação de posições frente ao final de semana, com os investidores buscando se manter bem posicionados diante das informações que já são conhecidas. Ademais, seguem trabalhando com dados como as incertezas sobre a safra sulamericana, principalmente a brasileira que sofre com severos problemas climáticos. 

Entretanto, o mercado vem recebendo informações de chuvas que poderiam chegar ao Brasil nos próximos dias, previsões essas que não têm se confirmado e as perdas continuam a ser reportadas pelos proodutores. 

O mercado ainda exibe uma clara falta de direção à espera de novas informações que possam trazer força aos movimentos diários na CBOT, sejam positivos ou negativos. Entre essas notícias, poderiam vir mais informações sobre as perdas na safra brasileira - já estimadas em algo entre 3 e 5 milhões de toneladas - e também sobre o que é esperado para a safra 2015/16 dos EUA. "Os negócios estão, em Chicago e aqui no Brasil, em compasso de espera", afirma Camilo Motter, economista e analista de mercado da Granoeste Corretora de Cereais. 

Segundo explica o analista, janeiro é tradicionalmente um mês de preços mais pressionados - partes em função da entrada de alguns primeiros volumes da nova oferta brasileira - e assim, todo o mês se configurou em momentos de perdas para as cotações em Chicago. 

Ontem, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe um novo boletim semanal de vendas para exportação e os números para a soja vieram acima das expectativas do mercado, dando algum fôlego às operações. No entanto, o efeito positivo dessa informação, embora as vendas americanas já tenham totalizado 94% do total estimado para ser exportado em todo o ano comercial 2014/15 - o qual só se encerra em 31 de agosto - foi passageiro e limitado. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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