Em Chicago, soja opera com estabilidade nesta 3ª e tenta se manter em campo positivo
Nesta terça-feira (6), o mercado da soja começou o dia com uma ligeira realização de lucros e trabalhando na estabilidade para, em seguida, voltar para o campo positivo e registrar altas de poucos mais de 6,50 pontos entre os principais vencimentos, por volta de 12h20 (horário de Brasília).
Assim, os preços dão continuidade ao movimento positivo registrado na sessão anterior - quando chegaram a subir quase 40 pontos no fechamento - e ainda são motivados, segundo analistas, por uma recuperação técnica após alguns pregões negativos e por boas notícias que seguem chegando do lado da demanda. Os ganhos registrados pelo mercado do trigo, motivados pela preocupação com o clima excessivo nos EUA nas principais regiões produtoras, entre outros fatores, também contribuem para o avanço da oleaginosa.
Hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou a venda de 243 mil toneladas de soja da safra 2015/16 para a China e, apesar de tratar-se de um volume da temporada seguinte, mostra o quanto a demanda pela oleaginosa se mantém firme e aquecida, ainda de acordo com analistas e consultores de mercado.
Além disso, é possível observar que o consumo da soja norte-americana continua crescente e registrando volumes recordes, tanto nas vendas para exportação, quanto para o esmagamento internamente.
No Brasil, o mercado também parece se mostrar mais aquecido neste início de ano, motivado, principalmente, pelos altos patamares do dólar. Na casa dos R$ 2,70 - a divisa chegou a bater nos R$ 2,72 nesta terça-feira, a moeda americana vem trazendo um bom estímulo à formação dos preços no Brasil e tem estimulado a comercialização.
Em dezembro, as exportações brasileiras de soja registraram uma receita três vezes maior do que a registrada no mesmo mês de 2013, somando US$ 73,6 milhões, de acordo com informações da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Foram exportadas 138,6 mil toneladas de soja em grão, contra 41,4 mil toneladas em dezembro de 2013. Assim, o aumento foi superior a 200% no período.
Oferta - Se de um lado há boas informações vindas da demanda, na oferta, as expectativas de uma grande safra na América do Sul e, para alguns analistas e consultores, esse poderia ser um fator de limitação de avanço para as cotações.
Para Flávio França, consultor de mercado da França Junior Consultoria, "há duas barreiras muito bem delineadas no mercado, uma dela dos US$ 10,00 no suporte e outra de US$ 11,00 na resistência", o que motiva uma movimentação mais técnica das cotações quando as mesmas se aproximam desses dois níveis.