Às vésperas do USDA, soja disponível tem prêmio de mais de US$ 2 e vale R$ 68,50 no Brasil
À espera dos novos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que serão divulgados às 15h (horário de Brasília) desta quarta-feira (10), o mercado da soja na Bolsa de Chicago Chicago trabalha de lado, porém, no Brasil, os primeiros indicadores de preços são bastante positivos. Para a soja da safra nova, no porto de Rio Grande, são R$ 65,50 por saca e o valor é ainda melhor para o produto disponível, que tem R$ 68,50 na indústria.
Além dos recentes ganhos em Chicago, a soja brasileira conta ainda com prêmios positivos que contribuem para a formação das cotações, bem como do dólar em patamares importanes, apesar da ligeira baixa registrada nesta quarta. Por volta de 12h, a moeda norte-americana perdia 0,25% a R$ 2,5915. No porto de Rio Grande, para a soja da safra velha, o prêmio atual está na casa de US$ 2,50 sobre o valor praticado em Chicago. Em Paranaguá, para os contratos janeiro e março/15 o prêmio é de 65 cents de dólar sobre a CBOT e para abril e maio/15 de 37 centavos. Nas temporadas anteriores, nessa mesma época, os prêmios estavam negativos, mesmo diante de um cenário de oferta bem mais ajustada, segundo explicam analistas.
Em Chicago, o mercado segue trabalhando na tentativa de se manter em campo positivo. No início da manhã, as principais posições subiam mais de 9 pontos, porém, por volta de 12h (horário de Brasília), as altas variavam entre 1,50 e 2 pontos entre os vencimentos mais negociados, com o contrato maio/15 valendo US$ 10,64 por bushel.
Expectativas do USDA
Para os estoques finais norte-americanos de soja, as expectativas indicam uma redução em relação aos números de novembro. As projeções variam de 10,89 milhões a 12,38 milhões de toneladas, com uma média dem 11,73 milhões de toneladas. No relatório anterior, os estoques foram reportados em 12,25 milhões de toneladas.
Sobre os estoques finais de soja mundias, as expectativas tem variado de 91,3 milhões a 88,5 milhões de toneladas. A média, nesse caso de 89,9 milhões, ficaria abaixo do número de novembro, quando o USDA reportou os estoques em 90,3 milhões de toneladas.
Para a produção de soja do Brasil na safra 2014/15, estimada em novembro pelo USDA em 94 milhões de toneladas, há poucas mudanças. Há expectativas indicando a manutenção desse número, enquanto a Reuters aposta em 93,39 milhões de toneladas. Para a colheita da Argetina, a agência aposta em um aumento de 55 para 55,45 milhões de toneladas e outras projeções acreditam que o número não passará por ajustes.