MS dribla estrago de veranico no plantio
As lavouras de Mato Grosso do Sul, particularmente as do Sudoeste do estado, estão numa zona de transição climática, o que faz com que as previsões meteorológicas sejam sempre duvidosas. Chuva de 5 milímetros pode chegar cinco vezes mais forte. Previsão de 40 milímetros – o suficiente para o plantio – muitas vezes é garoa. O quadro exige atenção dos agricultores, que evoluíram em manejo e confirmaram que é possível driblar veranicos na fase de plantio, como o que causou perdas no Norte do Paraná e no Leste do Paraguai.
Do Sudoeste ao Norte de Mato Grosso do Sul, houve entre duas e quatro semanas de seca, relatam produtores e técnicos. Perto de 10% dos 2,5 milhões de hectares reservados à soja já tinham sido plantados. Boa parte dessas lavouras, no entanto, apresenta bom estado e deve render perto de 50 sacas por hectare, média do ano passado, apurou a Expedição Safra Gazeta do Povo, que faz um roteiro de 6 mil quilômetros no estado, além de Mato Grosso e Goiás.
Isso não significa que a umidade não fez falta. “A estiagem interrompeu o plantio e estamos com 15% das áreas para plantar quando já deveríamos ter encerrado a semeadura da soja ”, relata Leonardo Carlotto, técnico da Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul (Famasul).
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