Soja: Na CBOT, mercado esboça reação após perdas expressivas

Publicado em 05/09/2014 08:43

As principais posições da soja negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) operam com leves altas no pregão desta sexta-feira (5). Por volta das 8h42 (horário de Brasília), os contratos futuros da commodity registravam ganhos entre 4,75 e 5,75 pontos. O vencimento novembro/14 era cotado a US$ 10,09 por bushel, após ter fechado a sessão anterior a US$ 10,03 por bushel.

O mercado esboça uma recuperação depois de dois pregões com quedas expressivas. Com foco na grande safra dos EUA, e com expectativas de que o rendimento pode ser maior do que o esperado inicialmente, as cotações da oleaginosa recuaram e atingiram o menor patamar dos últimos quatro anos. 

Segundo informações reportadas pela agência internacional de notícias Bloomberg, nesta sexta-feira, os investidores também estão atentos ao clima, já que as temperaturas deverão ficar mais baixas na próxima semana nos EUA e, é possível a ocorrência de geada em algumas partes da Dakota do Norte. "Há uma preocupação muito real: a possibilidade de uma geada precoce", disse o economista Dennis Gartman, em entrevista à Bloomberg. 

Por outro lado, os participantes do mercado também aguardam o novo relatório de vendas para exportação, que será reportado hoje pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). De acordo com os analistas, o boletim é um importante indicativo da demanda.

Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:

Soja: Mercado recua e atinge menor patamar dos últimos quatro anos

Pelo segundo dia consecutivo, os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) terminaram o pregão com quedas expressivas. Durante os negócios, as principais posições da commodity ampliaram as perdas e fecharam a sessão com baixas entre 16,50 e 16,75 pontos. O contrato novembro/14 era cotado a US$ 10,03 por bushel, desvalorização de 1,64% em comparação com o fechamento anterior.

De acordo com informações do site internacional Farm Futures, os preços da oleaginosa alcançaram o menor patamar dos últimos quatro anos. Ao longo do dia, o novembro/14 chegou a US$ 10,01 por bushel, o mais baixo desde setembro de 2010. 

Em meio às condições climáticas favoráveis nos EUA, a perspectiva é de colheita recorde da soja na temporada 2014/15, fator que tem pressionado as cotações da soja em Chicago recentemente. As projeções indicam produção ao redor de 107 milhões de toneladas de soja na próxima safra. 

Em visita ao Meio-Oeste do país, a jornalista do Notícias Agrícolas, Carla Mendes, que no caso da oleaginosa a estimativa de produtividade  varia entre 56,7 a 68,05 sacas por hectare. Previsões bem acima do projetado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no último boletim de oferta e demanda, de 51,47 sacas por hectare.

"Os produtores norte-americanos relatam que o rendimento da soja só é confirmado no momento da colheita. Mas, por enquanto, podemos constatar que o clima permanece favorável, assim como, o índice de umidade no solo. Por enquanto, o clima não preocupa os produtores norte-americanos, nem as possíveis geadas precoces", afirma a jornalista.

Comercialização da safra nos EUA

Se de um lado os produtores estadunidenses comemoram a safra 2014/15, com bons índices de produtividade, a comercialização preocupa. Até o momento, em torno de 30% da soja já foi negociada antecipadamente, com preços médios de US$ 12,00 por bushel.

“Parte dos agricultores travou a soja no momento do plantio, frente à perspectiva de safra cheia na temporada 2014/15. E diante das cotações em patamares mais baixos, a expectativa é que os produtores permaneçam retraídos nas vendas”, destaca Carla.

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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