Soja tem forte recuo com realização de lucros e dados do USDA
A soja fechou a sessão regular desta segunda-feira com forte baixa na Bolsa de Chicago. Os vencimentos mais negociados perderam mais de 30 pontos e o vencimento maio/14 encerrou o dia valendo US$ 14,18 por bushel, com queda de 39 pontos.
Segundo analistas, os números divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) acabaram exercendo alguma pressão sobre os preços, apesar de não terem trazidos muitas novidades, por terem ficado acima das expectativas do mercado.
Assim, fundos de investimento aproveitaram para acelerar seus movimentos de venda, incentivando, portanto, uma intensa realização de lucros. No entanto, segundo explicou Mauricio Correa, analista do SIM Consult, trata-se de um movimento temporário de correção, uma vez que os fundamentos continuam muito presentes no mercado e ainda extremamente positivos.
Os estoques finais norte-americanos de soja foram reduzidos de 4,08 milhões de toneladas para 3,95 milhões, as exportações subiram 41,64 milhões e a safra brasileira foi cortada de 90 milhões de toneladas para 88,5 milhões. Os números, apesar de terem sido cortados em um volume menor do que as expectativas, confirmam que a demanda pelo produto norte-americano ainda é bastante forte e que a oferta, tanto nos EUA quanto na América do Sul, também é bastante ajustada.
Ainda nesta segunda, o USDA divulgou seus números de embarques semanais para a soja de 1.505,206 milhão de toneladas, elevando o acumulado da safra nesta temporada a 38390,283 milhões de toneladas. No entanto, o volume total já comprometido passa de 44 milhões de toneladas.
Milho: USDA reporta aumento na produção mundial e preços recuam na CBOT
Por Fernanda Custódio
As cotações futuras do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam a sessão desta segunda-feira (10) do lado negativo da tabela. Ao longo das negociações, os preços da commodity ampliaram as perdas e terminaram o pregão com mais de 9 pontos de queda. O vencimento maio/14 era cotado a US$ 4,78 por bushel.
As informações divulgadas pelo novo relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) exerceram pressão negativa aos preços na sessão desta segunda-feira. O órgão reportou um aumento na produção mundial de milho, que passou de 966,63 milhões para 967,52 milhões de toneladas.
Do mesmo modo, os estoques globais apresentaram uma leve revisão positiva para 158,47 milhões de toneladas, contra 157,30 milhões de toneladas. Em contrapartida, os estoques norte-americanos de milho foram estimados em 36,98 milhões de toneladas, número menor do que o divulgado no último relatório, de 37,62 milhões de toneladas.
O USDA ainda projetou as exportações dos EUA em 41,96 milhões de toneladas, frente às 40,64 milhões de toneladas em fevereiro. Já os números da produção, produtividade e área plantada e colhida vieram em linha com o divulgado anteriormente pelo departamento norte-americano.
A produção brasileira de milho foi mantida em 70 milhões de toneladas, assim como, a safra da Argentina em 24 milhões de toneladas. Para a China, o órgão também manteve o número de 217 milhões de toneladas. A safra da Ucrânia deverá somar 30,9 milhões de toneladas.
Ainda hoje, o departamento norte-americano anunciou as vendas semanais do milho dos EUA em 933.974 toneladas, na semana encerrada no dia 6 de março. Na semana anterior, o volume foi de 1.057.113 toneladas (número revisado). No mesmo período do ano passado, o número era de 369.435 toneladas.