CBOT: Soja opera com movimentos limitados em Chicago

Publicado em 27/01/2014 11:46

A falta de novidades no mercado internacional da soja faz com o que as cotações iniciem a semana sem exibir movimentos muito expressivos. Os preços da commodity operam de lado na Bolsa de Chicago nesta segunda-feira (27) e sem direção definida. Por volta de 12h40 (horário de Brasília), os vencimentos mais negociados trabalhavam com pequenas altas, com exceção do contrato agosto/14 que perdia 0,25 ponto, valendo US$ 12,18 por bushel. 

Um dos fatores que têm exercido influência sobre os negócios é o desenvolvimento da safra da América do Sul, a qual é esperada em volume recorde tanto no Brasil quanto na Argentina. Assim, o comportamento do clima tem sido acompanhado com bastante atenção pelos traders e participantes do mercado. 

Segundo explicou Camilo Motter, economista da Granoeste Corretora, havia preocupações acentuadas com a falta de chuvas na Argentina, além do calor excessivo. Entretanto, algumas precipitações foram registradas no final de semana, amenizando essas preocupações. 

No Brasil, enquanto o excesso de chuvas compromete o bom avanço da colheita no Mato Grosso, principal estado produtor de soja do país, a falta de chucvas configura um veranico que castiga a produção de alguns estados como Mato Grosso do Sul, Goiás e Bahia. 

Ao mesmo tempo, o mercado se mantém atento ao mercado financeiro mundial e ao avanço do dólar. A alta da moeda norte-americana é um dos mais importantes fatores que tem ajudado a manter firmes as cotações no mercado brasileiro. 

Por outro lado, ainda há o quadro de fundamentos de oferta e demanda que permanece positivo. Até que a entrada da safra sulamericana se efetive no mercado, a falta de soja nos Estados Unidos ainda é considerada pelo mercado, bem como a demanda muito forte. 

Na última sexta-feira (24), o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou seu boletim de exportações semanais trazendo os números da safra 2013/14 em mais de 700 mil toneladas, reforçando essa intensa procura mundial pelo produto norte-americano. Porém, o departamento reportou, oficialmente, o cancelamento da compra de 302,1 mil toneladas de soja dos EUA por parte de destinos desconhecidos, o que causou certo desconforto no mercado.

Nesta segunda, o USDA já anunciou mais uma venda de soja. Foram 183 mil toneladas para destinos não revelados e com entrega na temporada 2014/15.  

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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