Helicoverpa: No Mato Grosso do Sul, lagartas atacam áreas com Buva
No Mato Grosso do Sul, técnicos da Coamo de Dourados constataram um grande ataque de lagarta em Buva. As áreas, que foram atacadas, estavam sendo preparadas para o plantio da soja nos próximos dias. De acordo com informações divulgadas pelos especialistas, grande parte das lagartas está em estágio de desenvolvimento avançado e 99% de chances de ser a Helicoverpa Armigera. E amostras da praga foram levadas ao laboratório para análise. Caso seja confirmada, esse será o primeiro relato da lagarta na região Sul do estado.
Veja abaixo imagens da lagarta:
Fotos: Fernando Mignoso - COAMO
Aprosoja MT: Lagartas migram de plantas guaxas para soja
Com o início do plantio da soja em Mato Grosso, os problemas com a Helicoverpa voltam a aterrorizar os produtores. Casos da praga já foram registrados em cinco grandes propriedades em municípios como Campo Novo dos Parecis e Sapezal, nos últimos dias, mas segundo o diretor técnico da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja), Nery Ribas, a lagarta está por todo o estado, “só ainda não foi detectada e identificada”.
Frente a isso, a orientação é que os produtores façam um monitoramento intenso e sem descanso das lavouras, pois o controle da praga no estágio de instar, ou seja, larval, quando a lagarta tem menos de um centímetro, é mais fácil.
Mas a situação no estado ainda se complica, pois o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) têm divulgado informações sobre grandes infestações em áreas com plantas guaxas, aquelas que germinam a partir de grãos perdidos na colheita. Essas plantas são hospedeiras em potencial para pragas e doenças, entre um cultivo e outro.
São elas que têm permitido casos onde as lagartas possuem tamanho de 15 dias enquanto a soja tem apenas 5 dias. O coordenador da Comissão de Defesa Sanitária Vegetal, Wanderlei Dias Guerra é incisivo: é preciso destruir essas plantas para que a lagarta, posteriormente, não migre para a soja.
Todo esse contexto necessita da adoção de uma postura proativa de produtores e seus colaboradores, engenheiros agrônomos, técnicos e consultores, incluindo o Manejo Integrado de Pragas (MIP), com o cultivo de áreas de refugio, uso racional de inseticidas, preservação dos inimigos naturais, adoção de um vazio sanitário como forma de evitar a chamada "ponte biológica" ou "ponte verde” que fornece alimento às lagartas e outras pragas de forma ininterrupta.
O monitoramento do ciclo da praga, lagartas pequenas ou adultas, também auxilia na identificação para escolha dos inseticidas, biológicos ou químicos, a serem utilizados.
No link abaixo, confira a entrevista do Chefe de Trasnf. Tecn. Embrapa Milho e Sorgo, Jason de Oliveira Duarte, na íntegra:
>> Jason de Oliveira Duarte - Ataque da Helicoverpa em áreas com buva no MS
>> Veja também a entrevista do produtor rural de Dourados (MS), Renato Ferreira
Confira novas imagens da lagarta Helicoverpa na região de Laguna Carapã (MS):
Fotos: Antônio Rodrigues - técnico agrícola