Soja na América do Sul pode ter taxa de crescimento de produção menor
A produção de soja no hemisfério sul irá atingir recordes no ano que vem, mesmo com a taxa de crescimento de produção desacelerando, devido à seca no Brasil e à substituição de cultura, devido aos preços mais baixos, de acordo com a publicação da Oil World.
De acordo com matéria publicada pela Bloomberg, a produção de soja deve crescer 4,6% e atingir o recorde de 152,7 milhões de toneladas na safra 2013-2014, segundo informações da Oil World, empresa baseada em Hamburgo. A produção cresceu 24% em 2012-2013, enquanto os campos se recuperavam do tempo seco nas estações passadas.
No Brasil, o segundo maior produtor do mundo, a previsão de seca no Mato Grosso, sua principal região produtora, poderá atrasar as plantações que geralmente começam em 22 de setembro. “A situação não está crítica, mas se a seca se mantiver, nas próximas quatro a oito semanas, as perspectivas para a safra brasileira de soja deverão cair”, informou o relatório da Oil World.
A produção brasileira de soja deve crescer 2,9%, para 84 milhões de toneladas, em 2014, em comparação com o ano anterior. Ela representa 55% da produção do hemisfério sul, onde a área de plantio deve cair, ainda de acordo com a Oil World. “É bem provável que a área agrícola total não irá crescer na América do Sul. Ela deve cair na Argentina e crescer muito pouco no Brasil, Paraguai e Uruguai”.
Os altos custos do transporte no Brasil reduziram os preços da soja para os produtores. A previsão é de que produtores de áreas remotas poderão cortar seus plantios. O cultivo da oleaginosa também pode ser afetado pela obrigatoriedade de rotação de cultura no Uruguai.
As informações são da Bloomberg.com