Soja estende ganhos e opera em alta nesta 6ª em Chicago

Publicado em 09/08/2013 09:00 e atualizado em 09/08/2013 12:25

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago estendem os ganhos registrados na última sessão regular e operam em alta na manhã desta sexta-feira (9). Por volta das 8h40 (horário de Brasília), os principais vencimentos subiam pouco mais de 7 pontos. 

O mercado avança frente à volta dos compradores ao mercado depois das fortes baixas, além da boa demanda pelo produto dos Estados Unidos, principalmente da nova safra, confirmada ontem pelo relatório de exportações divulgado nesta quinta (8) pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). 

Além disso, o clima nos Estados Unidos acendeu um alerta para os produtores, com riscos de estiagens regionalizadas, com destaque para o estado de Iowa, maior produtor de grãos do país, e também de geadas precoces podendo comprometer a produtividade das lavouras, haja vista que foram plantadas mais tarde esse ano. 

Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira (7):

Com clima nos EUA e demanda, soja fecha com forte alta nesta 5ª

A soja fechou o dia com forte alta na Bolsa de Chicago. Na sessão regular desta quinta-feira (7), o mercado encerrou os negócios com altas de 16,50 a 28,75 pontos nos principais vencimentos negociados. O contrato novembro/13, referência para a safra norte-americana, encerrou a US$ 11,84/bushel, subindo 18,50 pontos. 

"O dia foi de boas notícias para o mercado da soja. O mercado deu sinais de que já havia encontrado o 'fundo do poço' e subiram com uma recuperação técnica", disse Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting. 

Com preços menores e, portanto, mais atrativos, depois das fortes baixas das últimas semanas, as compras foram retomadas e impulsionaram bons ganhos para os futuros da soja. 

"O mercado perdeu a base, se ajustou e a demanda continua forte, e as  economias apresentam melhor resultado. Agora, o mercado deve se reconstruir passo a passo, e nesse momento fica um pouco mais lateralizado até registrar melhores observações e definições para as lavouras dos Estados Unidos", explicou o analista de mercado Mauricio Correa, do SIMConsult. "As quedas tendem a gerar demanda de compra pela China", completa. 

Além do movimento de recuperação, o mercado observou ainda notícias sobre importações de soja da China em julho e exportações dos Estados Unidos como estímulo para subir. 

As compras chinesas no último mês foram de 7,2 milhões de toneladas, 22,7% a mais do que  o registrado no mesmo mês do ano passado e 3,9% maior do que o registrado em junho. "Os números já eram esperados para um nível recorde, mas vieram acima disso", disse Brandalizze. 

No acumulado do ano safra, de janeiro a julho, os chineses importaram 34,7 milhões de toneladas, com um pequeno recuo de 0,7% em relação ao mesmo intervalo da temporada anterior. 

Paralelamente, as vendas norte-americanas de soja da safra 2013/14 na semana que terminou no último dia 1º somaram 1,09 milhão de toneladas, enquanto o mercado apostava em algo entre 550 mil e 1,05 milhão de toneladas. O consultor explica que, até o momento, 40,5% da previsão do USDA para as exportações da oleaginosa na nova temporada já foi alcançada, contra 27% registrados neste mesmo período da temporada anterior. 

Outro fator de pressão positiva para os preços nesta quarta foram sinais de que o clima nos Estados Unidos já não se mostra tão favorável ao desenvolvimento das lavouras, principalmente no estado de Iowa, maior produtor de grãos do país. 

Ao contrário do mesmo período de 2012, quando 98% da safra de soja já estava florescendo no estado, apenas 79% da safra se encontra nesta condição este ano, um número muito abaixo da média de 92% dos últimos cinco anos. Além disso, as condições das lavouras soja do estado diminuiu bastante na última semana. 4% foram classificadas como muito ruins, 10% ruins, 34% medianas, 42% boas e 10% excelentes.

Na próxima segunda-feira, 12 de agosto, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgam seu novo relatório de oferta e demanda. À espera desses números, os investidores buscam encontrar um melhor posicionamento e por isso procuram consolidar a tentativa de recuperação dos preços depois da última retração.

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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