Soja reverte parte das perdas e opera em alta na manhã desta 6ª na CBOT

Publicado em 14/06/2013 07:09 e atualizado em 14/06/2013 08:03

A soja voltou a subir na manhã desta sexta-feira (14) na Bolsa de Chicago. Depois de encerrar a sessão anterior com forte queda, o mercado tenta se recuperar na manhã de hoje, com o contrato julho/13, o mais negociado nesse momento, subindo 8,75 pontos, cotado a US$ 15,19 por bushel. As demais posições também operavam do lado positivo da tabela, com ganhos entre 4,75 e 7,50 pontos. 

Novamente, o mercado se foca no cenário de fundamentos ainda positivo para o curto prazo. Uma demanda muito intensa pelo pouco produto disponível nos Estados Unidos é o que dá suporte aos primeiros vencimentos. O mercado interno norte-americano também está muito aquecido e as esmagadoras locais disputam a soja que ainda existe para ser comercializada com os importadores. 

Nos vencimentos mais distantes, o mercado encontra alguma sustentação nas incertezas climáticas em importantes regiões produtoras dos Estados Unidos. Frente a isso, incertezas também são criadas sobre o desenvolvimento e os resultados reais da nova temporada norte-americana, segundo afirmam os analistas. 

Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira (13):

Com realização de lucros, soja fecha com forte baixa nesta 5ª feira

Nesta quinta-feira (13), os futuros da soja e do milho fecharam o dia em baixa, com a oleaginosa liderando as perdas. O vencimento julho/13 da soja, fechou o dia valendo US$ 15,10 por bushel, com desvalorização de 30 pontos. As demais posições perderam entre 13,75 e 18,50 pontos. No milho, as baixas foram menos expressivas e ficaram entre 1,75 e 7,25 pontos. 

Na sessão desta quinta-feira (13), o mercado da soja refletiu não só os últimos números divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em seu boletim de oferta e demanda, que não trouxeram novidades, como também uma forte realização de lucros por parte dos fundos. 

Foi essa liquidação técnica de posições que pressionou os vencimentos mais próximos, segundo explicou o analista de mercado Glauco Monte, da FCStone. "É uma continuação do reflexo dos números do USDA, e também uma liquidação técnica porque o mercado subiu forte nas últimas semanas e após a divulgação desse número sem grandes alterações, também tem uma questão mais técnicas", explicou.   

Além disso, um pequeno recuo observados nas exportações semanais de soja dos EUA da safra nova - de 589,9 mil para 447,1 mil toneladas - também pesaram sobre os negócios na sessão desta quinta-feira. Da safra velha, as vendas externas passaram, em uma semana, de 48,8 mil para 33,5 mil toneladas. 

No entanto, para o curto prazo, a tendência ainda é de alta para os preços, haja vista que os fundamentos de oferta e demanda permanecem inalterados. A procura pela pouca soja disponível nos Estados Unidos segue bastante aquecida, inclusive pelas esmagadoras locais, além dos importadores, e esse tem sido o principal fator de suporte para o mercado. 

No médio e longo prazo, o mercado observa as novas previsões de clima para os Estados Unidos e o desenvolvimento da safra 2013. Os números do USDA trouxeram pouca ou nenhuma sobre a nova temporada, apesar do atraso no plantio em função do clima adverso, e causaram pouco impacto no mercado. 

“Esse é um relatório que não tem tanto impacto no mercado. E o relatório mais importante será divulgado no final do mês, com números de produção, produtividade e área de plantio. Ontem, o USDA cumpriu tabela, escolheu ser conservador em algumas estimativas”, afirmou o analista de mercado Pedro Dejneka, da PHDerivativos, de Chicago. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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