Grãos: Mercado opera sem direção definida na manhã desta 4ª na CBOT

Publicado em 22/05/2013 08:00 e atualizado em 22/05/2013 10:08

Na manhã desta quarta-feira (22), os futuros dos grãos negociados na Bolsa de Chicago não exibiram uma direção definida. As principais cotações da soja fecharam a sessão eletrônica em campo misto, com apenas o vencimento março/14 no positivo, com 1,75 ponto de alta. Já os contratos do milho e do trigo encerraram o pregão do lado positivo da tabela, porém registrando ganhos pouco expressivos, próximos da estabilidade.

A volatilidade ainda continua bastante presente nos negócios com os grãos na CBOT. O mercado encontra sustentação na pouca oferta disponível nos EUA, porém, no pregão de hoje, as posições mais próximas da soja apresentaram uma ligeira realização de lucros. Ao mesmo tempo, os vencimentos de mais longo prazo procuram uma direção diante das incertezas sobre a nova safra dos Estados Unidos. 

No mercado do trigo, os preços avançam, segundo informações da agência internacional Bloomberg, frente às preocupações com o clima seco na região do Mar Negro podendo comprometer a safra no noroeste da Europa. 

Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:

Soja: Mercado tem suporte da falta de oferta e pressão da safra nova

A soja fechou a terça-feira (21) em terreno misto na Bolsa de Chicago, com apenas o vencimento julho/13 em alta, cotado a US$ 14,78/bushel, subindo 13,75 pontos. O agosto, segundo vencimento mais próximo, recuou apenas 0,75 ponto. 

O fechamento com preços dos dois lados da tabela continua refletindo as duas realidades que podem ser vistas no mercado da soja atualmente, sendo uma referente à safra velha e outra da nova. 

De um lado, as posições mais curtas encontram suporte na ajustada oferta de soja nos Estados Unidos, fato que tem dado muita firmeza ao merca físico local e prêmios historicamente altos nos portos americanos, além de uma demanda extremamente aquecida pelo produto dos EUA. 

Segundo explicou o analista de mercado Pedro Dejneka, da PHDerivativos, diante desse aperto na oferta local, os Estados Unidos serão obrigados até mesmo a importar soja em grão e também farelo para conseguir cumprir alguns contratos. Ele explica ainda que o remanescente de soja que ainda há no país está nas mãos dos produtores que segeum sem interesse em vender nesse momento, mesmo diante de prêmios historicamente altos, à espera de preços ainda melhores. 

De acordo com informações do consultor de mercado Liones Severo, do SIMConsult, o prêmio no interior dos EUA já chega a US$ 1,20, US$ 1,40 por bushel acima do vencimento julho, o qual já registra US$ 16,18.

Por outro lado, o avanço do plantio da nova safra com muita expressividade na última semana pressionou os preços na sessão desta terça. A semeadura do milho, por exemplo, evoluiu mais de 40% com uma janela de clima bastante favorável e os números apresentados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) refletiram de forma negativa nas cotações de Chicago, principalmente nos vencimentos de mais longo prazo. 

"Na semana passada, o clima foi muito favorável ao plantio, ajudou muito e no relatório de ontem já se vê que o atraso que era muito significativo já não é tão mais e o mercado retira os prêmios de milho e trigo", disse Dejneka. 

Com isso, ao longo do pregão, os contratos mais negociados do milho chegaram a cair mais de 12 pontos refletindo essa evolução dos trabalhos de campo e diante ainda das boas expectativas de que possam avançar ainda mais com uma melhora nas condições de clima. 

Tornado em Oklahoma - O tornado que atingiu o estado de Oklahoma, no Meio-Oeste dos EUA, na tarde desta segunda-feira (20) não danificou severamente nenhuma área produtiva. Apenas algumas lavouras de trigo no estado foram levemente atingidas. 

No entanto, a tormenta deixou mais de 20 feridos, entre eles muitas crianças, além da destruição de muitas casas e escolas. 

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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