Grãos: Mercado volta a subir em Chicago com clima adverso nos EUA

Publicado em 02/05/2013 07:51
Os futuros dos grãos negociados na Bolsa de Chicago voltaram a subir nesta quinta-feira (2). Por volta das 7h50 (horário de Brasília), no pregão eletrônico, os principais vencimentos da soja operavam com ganhos entre 1,50 e 6,50 pontos, no milho entre 6 e 8 pontos e no trigo, de 5 a 6 pontos. 

Após uma sessão de realização de lucros nesta quarta-feira (1), o mercado voltou a operar do lado positivo focando as condições de clima ruim nos Estados Unidos que têm atrasado o plantio da nova safra. 

Veja como o mercado fechou na sessão desta quarta-feira (1):

Chicago: Soja realiza lucros e fecha o dia com perdas de dois dígitos

Os futuros da soja, milho e trigo fecharam o pregão regular do lado negativo da tabela na Bolsa de Chicago. Na sessão desta quarta-feira (1), o mercado realizou lucros, após as intensas altas registradas na última segunda-feira (29), quando a soja alcançou patamares próximos aos mais altos dos últimos dez meses.  As principais posições da commodity encerrou o dia com perdas expressivas de mais de 20 pontos. O contrato maio/13 era cotado a US$ 14,37/bushel.

O analista de mercado da PHDerivativos, Pedro Dejneka, ratifica que o mercado realiza lucros em cima das boas altas registradas no início da semana. “Estamos em pleno mercado climático, então os ganhos da última segunda foram baseados nos mapas climáticos que indicavam mais chuvas e até mesmo neve em alguns lugares no cinturão de produção dos EUA. No entanto, os mapas mudaram e agora o mercado embolsa parte dos ganhos”, afirma. 

Além disso, o analista explica que, os preços futuros em Chicago não sustentam as altas, uma vez que as compras chinesas no mercado físico norte-americano seguem em ritmo mais lento. E a expectativa era que a nação asiática adquirisse mais produtos dos Estados Unidos, em função dos atrasos nos embarques dos grãos nos portos brasileiros. 

“Mas nenhuma venda vem sendo anunciada. E os estoques imediatos são apertados nos EUA. É difícil originar soja no país, e os prêmios estão, historicamente, altos para esta época do ano. Mas todo esse quadro já está precificado pelo mercado, por isso, não conseguimos uma alta sustentada sem maiores novidades de demanda no curto prazo”, destaca Dejneka. 

Por outro lado, o analista destaca que a tendência em longo prazo para o mercado é baixista. E caso o clima seja favorável à produção norte-americana, o contrato da soja novembro/13 pode registrar uma queda expressiva. 

“Mas ainda temos três meses de mercado climático e precisamos prestar atenção, teremos muita volatilidade no mercado, mas se o clima se mostrar benéfico à safra dos EUA, a aposta é baixista, devido à grande produção brasileira e norte-americana. A volatilidade deve permanecer no mercado, e a casa mudança nos mapas climáticos, os fundos que têm grande volume de posições vendidas podem voltar a comprar as posições e vendidas e poderemos ver um movimento para cima como na segunda-feira (29)”, acredita o analista.

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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