Soja: Mercado foca os fundamentos e fecha a semana em alta na CBOT
A escassa oferta de soja disponível nos EUA segue sustentando o mercado físico norte-americano, com reflexos sobre as cotações futuras em Chicago. Além disso, a demanda permanece pelo grão permanece aquecida e algumas regiões produtoras os prêmios são superiores a 100 pontos. Paralela a essa situação, os esmagadores e importadores competem pela oleaginosa com o receio de que os estoques no país fiquem em níveis ainda mais baixos.
“Os prêmios dão suporte ao mercado físico, e estão tentando originar soja nos Estados Unidos, no entanto, os produtores norte-americanos não querem comercializar o produto”, explica o analista de mercado da New Edge, Daniel D’Ávilla.
Frente a esse cenário ajustado, os contratos mais curtos ainda têm fôlego para repiques nos preços, segundo afirma o analista. Já os vencimentos de mais longo prazo são uma incógnita, uma vez que, o Brasil e a Argentina têm soja disponível, então a expectativa de uma grande na América do Sul e dos Estados Unidos tem pressionado esses vencimentos. No entanto, o desenvolvimento da safra norte-americana ainda dependerá de condições climáticas favoráveis.
“O próximo momento de grande alta ou de queda para o mercado será no verão americano onde as condições climáticas irão impactar os preços no mercado, por enquanto, vivemos de especulação e o mercado não se movimenta tanto”, diz D’Ávilla.
Na contramão desse quadro, os futuros do milho encerraram o pregão em queda na CBOT. Os principais contratos registraram perdas entre 1,25 e 7,25 pontos. O analista sinaliza que as previsões indicando uma melhora climática nos EUA, o que poderia favorecer o avanço na semeadura do cereal, pressionaram negativamente as cotações.
“A janela de plantio se fecha rapidamente até o dia 10 de maio é ideal para a semeadura. E na próxima segunda-feira (29) será divulgado novo relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e a expectativa é que o plantio tenha evoluído para 10% da área projetada, no mesmo período do ano passado o percentual era de 50%”, relata o analista.
Veja como ficaram as cotações dos grãos no fechamento desta sexta-feira (26):