Em Chicago, grãos continuam firme avanço e milho registra novos recordes

As chuvas que chegaram aos Estados Unidos no último final de semana foram insuficientes para os danos causados pela severa estiagem nas lavouras do país e, sustentados por isso, os grãos continuam a firme escalada dos preços no mercado internacional. 

Na Bolsa de Chicago, os futuros da soja, do milho e do trigo operam com expressivas altas nesta segunda-feira, com o milho batendo novos recordes. Por volta das 14h50 (horário de Brasília), todos os principais vencimentos, a exceção do maio/13, operavam acima dos US$ 8 por bushel. O contrato setembro, de maior liquidez no momento, valia US$ 8,17. Os ganhos se aproximavam dos 20 pontos. 

Este primeiro pregão da semana com intensas altas vem depois de uma semana bastante volátil, quando os grãos registraram dias de liquidação de fundos e realizações de lucros que foram justificadas por algumas chuvas que caíramos nos Estados Unidos. 

No entanto, para os próximos 10 a 15 dias, a previsão é de que as lavouras norte-americanas continuem sofrendo com a seca e o calor intenso, com temperaturas acima do normal. Agora em agosto, a soja entra em uma fase determinante para o seu desenvolvimento e caso o clima realmente se mantenha adverso, os danos para a oleaginosa deverão ser irreversíveis. A soja ainda exibe um potencial de recuperação uma vez que foi plantada mais tarde do que o milho. 

Nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga seu novo relatório de acompanhamento de safra. A expectativa dos participantes do mercado é de que mais uma vez o órgão indique uma piora nas condições das lavouras, o que faria com que essa fosse a oitava semana consecutiva dessas baixas, como explicou o analista de mercado Flávio França, da agência Safras & Mercado.