Ferrugem ataca lavouras de soja no Vale do Araguaia em MT

Publicado em 05/03/2012 07:47

É alta a incidência de ferrugem da soja nas lavouras situadas na região do Vale do Araguaia do estado de Mato Grosso, em especial nos munícipios de Água Boa, Canarana e Querência. A constatação foi feita pelo pesquisador Fabiano Siqueri, da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso, Fundação MT, durante os Dias de Campo realizados na região.

Segundo Siqueri a situação é alarmante. “Esta é a safra com maior número de focos da doença no Araguaia”. O pesquisador diz que para amenizar os prejuízos que muitos agricultores terão, produtores e equipe devem redobrar a atenção e agir.

Redução do intervalo de aplicação, uso correto das doses de fungicidas e não uso isolado de triazóis são as três principais recomendações do pesquisador. Para Siqueri este não é o momento de economizar na aplicação, pois a perda com ferrugem é muito maior do que o valor do fungicida.

“Vale a pena aplicar. Uma aplicação salva mais que 40 quilos de soja (valor aproximado de uma aplicação por hectare). A ferrugem é muito traiçoeira. Com esta doença não se brinca. Ela não permite erros e nem espera para alastrar. A explosão do foco vai de 10% para 70% rapidamente na lavoura”, aponta Siqueri.

Esta situação das lavouras do Vale do Araguaia é confirmada pela secretária de Agricultura e Meio Ambiente de Canarana, Eliane Felten. A ferrugem chegou 15 dias mais cedo no município nesta safra em comparação ao ano passado e mesmo com os alertas feitos pelos técnicos da secretaria, muitos produtores não seguiram as recomendações.

“Fazemos um trabalho de acompanhamento durante toda a safra. Alertamos os produtores para a importância de fazer aplicação na hora certa. A responsabilidade de controlar a doença está nas mãos do produtor que deve usar todas as ferramentas disponíveis contra esta terrível doença”, destaca a secretária.

O pesquisador Siqueri e a secretária Felten são unanimes em recomendar ao produtor que ainda dá tempo de salvar boa parte da produção de soja, desde que as medidas de controle sejam tomadas no momento correto pelos produtores do Vale do Araguaia.

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Fonte: Fundação MT

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