Grãos disparam em Chicago refletindo forte seca na América do Sul
Seguindo o movimento positivo, os futuros da soja, do milho e do trigo ampliaram a alta para o pregão regular. Às 15h55(horário de Brasília), registrava quase 30 pontos de alta nos principais vencimentos e fecharam com quase 40 pontos positivos. Os mercados vizinhos caminharam no forte avanço da oleaginosa e também fecharam no azul. O milho fechou o dia ganhando pouco mais de pontos positivos, enquanto o trigo ficou com quase 18 pontos de alta nos contratos mais próximos.
Novamente, o mercado segue refletindo o clima quente e seco que castiga a América do Sul. As condições climáticas continuam bastante desfavoráveis e o cenário abre espaço para essa alavancagem dos preços, com os investidores adicionando um prêmio climático aos contratos, contribuindo para sua valorização.
O Brasil e a Argentina, principais exportadores diretos de soja depois dos Estados Unidos, vem registrando sérios prejuízos com a seca que deverão até mesmo já ser contabilizados no próximo relatório de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) na próxima quinta-feira, 12.
Para o analista de mercado Pedro Dejneka, da corretora RJ O'Brien, de Chicago, depois desse boletim será possível mensurar melhor o problemas e seus resultados. Com isso, o que se pode observar no mercado é um movimento de cobertura de posições vendidas frente a essa divulgação.
Financeiro - O dia positivo também no mercado financeiro contribuiu para essa forte alta vista no mercado de grãos hoje. Nesta segunda-feira, as bolsas de valores operaram em alta, com os índices se consolidando, principalmente na Ásia.
Além disso, boas notícias vindas da China, de que o governo continuará a incentivar com o bom desenvolvimento da atividade econômica local, o que poderia ser refletido em uma retomada da aquecida demanda chinesa por commodities agrícolas também foram vistas como fatores de impulso para os preços na sessão de hoje.