Terra Indígena Apyterewa: Advogado rebate nota do Ministério dos Povos Indígenas sobre desintrusão

Publicado em 05/10/2023 15:48

O advogado Vinícius Borba, que acompanha o processo de desinstrusão da terra indígena Apyterewa, em São Félix do Xingu, no Pará, divulgou um vídeo nesta quinta-feira (5), contrapondo informações do boletim do Ministério dos Povos Indígenas sobre o caso. "Tudo o que falarei aqui, ninguém me disse. Eu estava lá e essa é uma nota mentirosa, não condiz com a verdade", diz. 

Acompanhe a íntegra do vídeo:

Veja ainda um vídeo do perfil Jucelino Show na Net, um repórter local que também faz a cobertura do caso, sobre a condição das crianças na região. 


Abaixo, acompanhe a íntegra da nota sobre a qual Vinícius Borba se refere ou clique AQUI e leia direto no site do ministério. 

DESINTRUSÃO DE TERRA INDÍGENA

Boletim de Comunicação da Desintrusão TIATB - 03/10/2023

Segundo dia da ação de desintrusão da TI Apyterewa foi marcado pela prisão de Derly dos Santos Ramiro, um dos fazendeiros mais influentes da região

Polícia Federal na terra indígena Apyterewa - Foto: Comunicação Desintrusão TIATB

No segundo dia de ação de desintrusão na TI (Terrra Indígena) Apyterewa foi preso Derly dos Santos Ramiro, um dos fazendeiros mais influentes da Vila Renascer, ocupação ilegal na TI.

A ordem de prisão ocorreu após a ação de notificação da propriedade de Derly dentro da TI, onde foi encontrada uma espingarda calibre 28 sem registro, caracterizando porte ilegal de armas.

Além disso, foi encontrada na casa do fazendeiro uma bolsa contendo documentos e outros pertences pessoais da ex-vereadora Lauanda Peixoto Guimarães e Rogério (vulgo Goiano), proprietários do posto Lauanda, desativado no primeiro dia da Operação. O casal ainda não foi encontrado.

Moradores da Vila Renascer se manifestaram contra a medida judicial de desintrusão da terra indígena e ameaçaram invadir a Base 02 da Funai. A Força Nacional acionou o plano de segurança das instalações e servidores da base, retraindo o contingente policial do foco de manifestação e bloqueando os acessos à Vila. A manifestação embargou os trabalhos de cadastramento do Incra no período matutino.

Após a dispersão da manifestação, o INCRA deu andamento aos trabalhos de cadastramento, realizando 32 cadastros na Vila Renascer. Durante a ação, 29 casas estavam fechadas. Além disso, seis ocupantes optaram por não fazer o cadastro e outros seis não portavam documentos, o que impossibilitou a efetivação do serviço.

Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistacarlamendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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