Soja deixa estabilidade de lado e volta a subir forte na Bolsa de Chicago nesta tarde de 6ª
Os preços da soja voltaram a subir na Bolsa de Chicago neste início da sexta-feira (5). Como aconteceu durante toda semana, o mercado deixou de lado a estabilidade com a qual começou o dia e, por volta de 13h30 (horário de Brasília), registrava altas de 10,75 a 13,75 pontos, levando o março a US$ 14,27 e o agosto a US$ 13,63 por bushel.
O mercado se volta a seus fundamentos, ainda monitorando as questões climáticas na América do Sul, com problemas e preocupações sendo registrados no Brasil e na Argentina, limitando ainda mais uma oferta já escassa.
A cada dia em que as chuvas continuam chegando ao centro-norte do Brasil, a preocupação dos sojicultores aumenta. As regiões onde o excesso de umidade ainda castiga as lavouras, a soja segue perdendo qualidade e a impossibilidade da colheita atgrasa ainda mais o plantio da segunda safra de milho, a qual também está sendo empurrada para fora da janela ideal de cultivo.
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Além dos fundamentos, atenção também ao financeiro e ao comportamento do petróleo. A commodity tem mais um dia de boas altas no mercado internacional, com o WTI subindo mais de 3% nesta tarde de sexta-feira, levando o barril a se aproximar dos US$ 66,00.
"O petróleo está puxando as commodities, principalmente a soja e o milho, por conta do etanol e do biodiesel", explica Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting.
Mais do que isso, o especialista alerta ainda para uma proteção e um ajuste de posições por parte dos traders diante do final de semana que antecede o novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que chega em 9 de março, próxima terça-feira.
O programa de exportações americanas já muito adiantado, com 60 milhões de toneladas já comprometidas pelos EUA de um total estimado para exportações de 61,24 milhões de toneladas.
E as primeiras expectativas são de que novas reduções apareçam, principalmente, nos estoques norte-americanos. "E com isso, o mercado hoje está um pouquinho mais protegido, tentando se firmar, no maio, acima dos US$ 14,00 por bushel", diz.
O clima nos Estados Unidos é outro fator importante. O frio intenso continua por lá, dando menos condições para os primeiros trabalhos de campo prestes a se iniciar o plantio da safra 2021/22 em algumas regiões.