Conflito em Juína: Família critica demora na prisão de índios por morte de jovens em MT

Publicado em 29/12/2015 08:08

A família do comerciante Genes Moreira dos Santos Júnior, morto aos 24 anos por índios da etnia Enawenê-nawê no início do mês após passar por um pedágio na BR-174, está cobrando celeridade da Polícia Federal (PF) no cumprimento da prisão dos três índios identificados como responsáveis pelo assassinato dele e de seu amigo Marciano Cardoso Mendes, de 25 anos.

Segundo Irene Henrique dos Santos, irmã de Genes, a população da cidade está revoltada com a morosidade e com o “descaso” da PF, que até agora também não providenciou a devolução dos pertences e do dinheiro que as vítimas levavam. Procurada, a PF não se manifestou a respeito porque a Justiça decretou sigilo sobre o caso.

No último dia 9 os amigos Genes e Marciano foram sequestrados por índios que mantinham um bloqueio na rodovia BR-174 com cobrança de pedágio. Seus corpos foram entregues somente três dias depois e a PF identificou três índios responsáveis pelas execuções. Além disso, a corporação anunciou que pediria imediatamente mandados judiciais de prisão dos índios, mas depois disso não informou se a Justiça Federal deferiu o pedido ou se a medida chegou a ser cumprida alegando ter sido decretado sigilo sobre as investigações e todos os detalhes do caso.

Segundo Irene Henrique dos Santos, irmã de Genes, a família tem buscado apoio e respostas da PF a respeito do caso, mas sem sucesso. Além disso, ela classificou como um “descaso” o tratamento dispensado às famílias das vítimas, pois nenhum membro chegou a ser procurado ou ouvido nas investigações.

Leia a notícia na íntegra no site G1 - MT.

Fonte: G1 - MT

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Indígenas marcham em Brasília e bloqueiam vias contra marco temporal
Ministro da Justiça anuncia demarcação de 7 novos territórios indígenas no Estado de São Paulo
Em resposta aos conflitos no campo, FPA apresenta projeto para garantir segurança jurídica à população rural
FPA: Conflitos por invasões em Guaíra e Terra Roxa (PR) aumentam o risco de morte entre indígenas e produtores
Audiência sela acordo de conciliação que envolve demarcação de terras no Mato Grosso do Sul
FPA: Lucio Mosquini defende continuidade do debate de conciliação no STF sobre o Marco Temporal
undefined