Governo federal mobiliza tropas do Exército em quatro cidades do MS

Publicado em 01/09/2015 12:51

Brasília, 1º/09/2015 – Com o objetivo de preservar a ordem pública e evitar conflitos entre grupos indígenas e proprietários rurais, tropas do Exército estão sendo mobilizadas para atuarem em quatro municípios do estado do Mato Grosso do Sul. Programada para começar às 13h (horário de Brasília), a Operação Dourados abrangerá as cidades de Antônio João, Aral Moreira, Bela Vista e Ponta Porã. A operação vai durar 30 dias.

A Dourados se dá a partir de autorização da presidenta Dilma Rousseff com base em pedido do governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja. Hoje pela manhã, o Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, braço militar do Ministério da Defesa, ultimou os documentos necessários para as ações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) naquele estado da região Centro-Oeste.

Num primeiro momento, a mobilização do aparato militar envolverá o Exército. Porém, se houver necessidade, a Defesa poderá empregar tropas da Marinha e da Aeronáutica. O envolvimento das Forças Armadas foi solicitado pelo governo estadual a partir da informação de que o conflito na região ter assumido “grandes proporções”.

“A Polícia militar, com o apoio dos órgãos de segurança do ministério da Justiça, encontram-se em algumas dessas áreas para a proteção dos envolvidos, porém, em razão do vulto do conflito e da grande quantidade de indígenas, proprietários e funcionários, o efetivo mostra-se insuficiente para a garantia da lei e da ordem nos municípios”, disse o governador em ofício à presidenta Dilma.

A partir deste documento, a autorização do emprego das Forças Armadas foi concedida e encaminhada ao gabinete de Segurança Institucional (GSI) que, por sua vez, repassou a missão para a Defesa. A operação será executada pelo Comando Militar do Oeste (CMO), com o emprego de tropas que já se encontram naquela região do conflito.

Garantia da Lei e da Ordem

O conflito naquela região se intensificou no último sábado no município de Antônio João, situado na fronteira do Brasil com Paraguai, a 402 Km de Campo Grande, capital sul-matogrossense. De acordo com informações preliminares do governo estadual, nove propriedades rurais foram ocupadas pelos grupos indígenas e os ruralistas decidiram pela retirada dos índios. No fim de semana, o corpo de um jovem foi encontrado numa das fazendas invadidas.

O aumento da tensão levou o governador Reinaldo Azambuja a se reunir, ontem (31), com representantes do CMO e demais autoridades da segurança pública. A partir daí, o chefe do executivo estadual iniciou troca de correspondências com o Palácio do Planalto para formalizar o pedido de emprego das Forças Armadas.

Segundo relato, os produtores rurais, em reação às ocupações, teriam iniciado bloqueios na rodovia MS 384, entre Antônio João e Bela Vista. De acordo com a polícia local, a decisão de retirar os indígenas se deu durante reunião no Sindicato Rural do município de Antônio João.

Fonte: Ministério da Defesa

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