Questão Indígena: Áreas cobiçadas pela Funai para criação de Terra Indígena Buriti em MS valem R$ 130 milhões
Uma avaliação dos imóveis rurais cobiçados pela Funai para criação da Terra Indígena Buriti, no Mato Grosso do Sul, chegou ao valor de R$ 130 milhões de reais. O trabalho, feito por uma consultoria privada, foi apresentado ao Ministério da Justiça na semana passada.
A reunião entre o representante do Ministério, Marcelo Veiga e representantes dos proprietários das 31 fazendas incluídos na área demarcada aconteceu na terça-feira à tarde em Brasília.
O Governo avaliou os imóveis por meio de outros dois laudos feitos pela Funai em R$ 78,6 milhões. Enquanto os proprietários trabalham com a expectativa de R$ 150 milhões. A equipe do Questão Indígena, por meio de um estudo expedito vem incluir as benfeitorias, avaliou os imóveis em R$ 93 milhões.
As propriedades cobiçadas pela Funai foram todas invadidas e destruídas pelos índios para forçar o processo de demarcação. Entretanto, a justiça apontou erro no laudo da Funai e determinou que a área não é de ocupação tradicional indígena.
Em razão disso, um acordo em torno o valor da terra poderá ser formalizado na Justiça Federal para que o Governo compre as propriedades e entregue à Funai e aos índios. A forma de pagamento, se em dinheiro, ou se em títulos da dívida agrária (TDA), ainda deverá ser discutida, bem como a utilização de recursos autorizados pela Assembleia Legislativa, do Fundo Estadual de Terras Indígenas (Fepati), que prevê R$ 200 milhões para indenizações de propriedades desapropriadas.