Questão Indígena: “Leilão da Resistência” prevê arrecadar R$ 3 milhões
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) dará o apoio necessário para que as entidades representativas dos produtores rurais do Mato Grosso do Sul promovam no próximo dia 7/12, a partir das 14h, em Campo Grande, um leilão para arrecadar recursos para ações contra as invasões indígenas. No pregão, serão ofertados animais, cereais, máquinas e produtos doados pelos próprios agricultores e pecuaristas do estado. Os promotores do leilão estimam uma arrecadação de R$ 3 milhões.
Hoje, (3) o vice- presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), Almir Dalpasquale, participou da reunião-almoço da FPA quando convidou os seus membros a participar do evento denominado “Leilão da Resistência”. Os recursos arrecadados serão utilizados na mobilização dos produtores, em logística, pagamento de honorários de advogados, divulgação e até mesmo para segurança das fazendas uma vez que o Estado tem sido omisso em garantir o direito de propriedade.
Enrolação - O presidente da FPA, deputado Luís Carlos Heinze (PP-RS) ressaltou que esse leilão mostra o que todo o setor produtivo rural já sabe: o descaso do governo federal com as demarcações das terras indígenas e essa omissão está trazendo insegurança jurídica no campo. Ele criticou com veemência a minuta da portaria do Ministério da Justiça, em consulta pública, sobre as demarcações promovidas pela Funai. “Esse documento é uma total enrolação, não dá para aceitá-la”.
O deputado Reinaldo Azambuja (PSDB-MS), membro da FPA, informou que desde a abertura oficial, dia 18 de novembro passado, a campanha do “Leilão da Resistência”, já recebeu cerca de mil cabeças de gado, além de toneladas de soja, milho, algodão, etc. “Esses animais e esses produtos foram doados pelos próprios pecuaristas e agricultores. O movimento conta com a adesão e apoio de várias entidades, de empresas do setor e de instituições de outros segmentos produtivos do estado”, destacou.