BC baixa de 4% para 3,5% previsão de crescimento do PIB neste ano

Publicado em 29/09/2011 09:31
Expectativa está bem abaixo do que prevê Ministério da Fazenda: 4,5%. Entretanto, está alinhada com a previsão dos analistas do mercado.
O Banco Central informou nesta quinta-feira (29), por meio do relatório de inflação do terceiro trimestre, que a sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano recuou de 4% para 3,5%. A instituição não forneceu, até o momento, sua expectativa para o PIB de 2012.

Com isso, a estimativa do BC para o crescimento deste ano segue abaixo da previsão do Ministério da Fazenda, que é de 4,5% de crescimento. A previsão da autoridade monetária, porém, está em linha com o que acredita o mercado financeiro, que estima uma expansão de 3,5% para a economia em 2011.

"A evolução do PIB no segundo trimestre do ano foi sustentada pela demanda doméstica e ratificou a perspectiva de moderação da atividade. O reduzido crescimento da produção industrial registrado no início do terceiro trimestre sugere que esse processo terá continuidade. Ressalte-se, além disso, a piora nos indicadores de confiança, na margem, e a elevação recente dos níveis de estoques industriais", avaliou o BC no relatório de inflação.

Setores
Segundo as previsões do Banco Central, o setor agropecuário deverá crescer 2,1% neste ano, 0,2 ponto percentual acima da estimativa anterior (1,9%).

Para o setor industrial, a estimativa de crescimento do BC, para este ano, recuou de 4,2% para 2,3% - uma queda de 1,9 ponto percentual. Esta queda, segundo a autoridade monetária, decorre de revisões para baixo em todos os subsetores da indústria, em linha com os respectivos desempenhos registrados no segundo e no início do terceiro trimestre do ano.

Para a indústria extrativa mineral, informou o Banco Central, a previsão de crescimento para 2011 passou de 5,6% para 3,2%. No caso da indústria de transformação, recuou de 3,6% para 1,5% e, para a construção civil, de 5,2% para 3,4%.

Já a estimativa do BC para o crescimento do setor de serviços também recuou, passando de 3,8% (no relatório de inflação de junho) para 3,5% de crescimento.

Do lado da demanda, a projeção do BC considera um crescimento de 4,5% neste ano, contra a estimativa anterior de 4,1%, cenário, segundo a instituição, "consistente com a evolução favorável do mercado de trabalho no primeiro semestre". Também subiu a projeção de crescimento para o consumo de governo, de 1,9% para 2,1%.

"A estimativa para o crescimento da Formação Bruta de Capital Fixo (investimentos) foi reduzida de 6,4% para 5,6%, alteração associada aos recuos nas projeções de crescimento da construção civil, da indústria de transformação e das importações de bens de capital", informou a autoridade monetária.

Fonte: G1

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