Alimentos podem ter atingido pico em setembro, avalia Link
“Os alimentos chegaram a um certo limite”, diz Carlos. “Eles não devem acelerar mais do que isso. O preço das carnes não deve mais subir tanto e os alimentos in natura já subiram o que tinham que subir”, sustenta. “Não estou vendo dentro das coletas nenhum choque, nem uma tendência de aceleração mais forte”.
Na atual medição do IGP-M, as hortaliças e legumes tiveram queda de 2% no varejo, contra deflação de 5,18% no segundo decêndio de agosto. Já o preço das frutas passou de alta de 2,18% para 6,12%, e o das carnes bovinas, de 0,05% para 1,45%. Os três itens puxaram a alta do grupo alimentação.
Segundo o analista, além dos fatores internos, as commodities também vão ajudar a segurar os preços dos alimentos. “Houve uma desaceleração das commodities no último mês e parece que isso continua em setembro. Não acredito que tenha mais pressão vindo dos preços agropecuários pelo menos neste fim de ano”, afirma.
Em sua projeção, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) agropecuário deve ficar em torno de 1,5% no fechamento do IGP-M de setembro, mas recuará para perto de 1,1% em outubro, o que fará com que o índice geral caminhe de algo entre 0,60% e 0,65% para 0,40% de um mês para o outro. Para o fim do ano, Carlos revisou há três semanas sua previsão do IGP-M acumulado de 5,2% para 5,5% em função dos números de agosto, que vieram mais fortes do que o esperado, mas o economista não acredita que as taxas do fim do ano poderão alterar sua estimativa.