Volatilidade na bolsa brasileira é menor agora que em 2008, diz Nobel

Publicado em 26/08/2011 16:09 e atualizado em 26/08/2011 17:09
Robert Engle, ganhador do prêmio Nobel de Economia em 2003 e que se dedica a estudar a volatilidade em mercados financeiros, avaliou nesta sexta-feira que o mercado de ações brasileiro apresentou mais volatilidade durante a crise de 2008 do que nas turbulências mais recentes, se comparado a certos mercados europeus, como o da Itália.

Mas a mesma concepção não é válida para a variação do real ante o dólar, quando a comparação é feita entre as flutuações dos valores da moeda brasileira e de algumas outras geralmente comparadas ao real, como o dólar australiano.

De maneira simplificada, a volatilidade pode ser descrita como a variação de indicadores financeiros entre o patamar positivo e negativo sem apresentar uma tendência clara nem razões óbvias, dentro de um período curto de tempo, quando o risco das operações se torna maior.

Autoridades podem ajudar a mitigá-la? Sim, mas não de forma plena para evitar os seus efeitos, diz Engle, que participou nesta manhã do 5o Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, promovido pela BM&FBovespa em Campos do Jordão (SP). Por isso, as autoridades sempre tendem a dar dicas da forma como irão agir com certa antecedência, na expectativa de não gerar grande ansiedade nos mercados.

Geralmente, a volatilidade decorre da reação momentânea a diversos indicadores econômicos diferentes em um momento de forte instabilidade macroceconômica como um todo, explica ele, e gera uma elevação natural dos níveis de risco das operações.

"Vamos ver muita volatilidade nos mercados ainda até que algumas questões estruturais dos governos sejam atacadas. Não devemos tentar controlá-la, mas sim aprimorar o gerenciamento de risco das operações", disse o prêmio Nobel.

Fonte: Valor Online

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