Bancos reduzem projeções para preços do petróleo
O Citi disse esperar agora que o petróleo tipo Brent seja negociado a US$ 95 o barril no fim de 2011 e que fique na média dos US$ 86 em 2012. Na última pesquisa mensal feita pela Reuters, o Brent havia sido estimado em média de US$ 105 o barril pelo Citi para 2012.
Nesta terça-feira, por volta das 14h30 (de Brasília), o Brent era negociado a US$ 109,4 o barril. "O principal risco é a maior deteriorização das expectativas de crescimento global, causadas pelos distúrbios na Europa, pela desaceleração na China ou recessão nos Estados Unidos", disse o Citi em nota.
"Se isso ('quantitative easing') vier a acontecer, acreditamos que seria em resposta aos números ainda fracos da economia que iriam sobrepujar o estímulo monetário", acrescentou o Citi. O programa de compra de títulos, conhecido como 'quantitative easing', estimulou a maioria dos preços das commodities ao rebaixar o valor do dólar.
Analistas do HSBC disseram em nota que as esperanças pela recuperação econômica estavam diminuindo e que a emissão de moeda não era mais uma resposta em um mundo de crescimento estruturalmente fraco. Já o Goldman Sachs, tradicionalmente um dos mais otimistas quanto a valores do petróleo, disse nesta terça-feira que pode ter subestimado a quantidade e a velocidade com a qual o petróleo da Líbia irá retornar ao mercado, mas acrescentou que ainda não está fazendo alterações em suas estimativas de preço.
O Goldman disse ter assumido inicialmente a produção líbia em 250 mil barris por dia (bdp) para o ano que vem, mas o fim da guerra civil pode elevar esse volume para 585 mil bpd ou um terço do que o país africano produzia antes da guerra. O BNP Paribas afirmou ter reduzido sua média para o preço do petróleo dos EUA em 2012 em US$ 10, para US$ 107 o barril e em US$ 4 o barril do Brent, a US$ 124.
Já o Morgan Stanley disse ver um risco de queda de US$ 4 o barril ante os US$ 120 previstos para 2011, caso a Líbia produza 300 mil bpd até outubro e não vê risco de queda caso a Líbia retome a capacidade anterior à guerra até o fim de 2012.