Prefeitos defendem texto de Rebelo para novo Código Florestal

Publicado em 10/05/2011 15:20

Os prefeitos que participam da 14ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios defenderam a aprovação imediata do novo Código Florestal, "nos termos apresentados pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP)", relator do projeto. O apoio foi anunciado após enquete sugerida pelo presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, durante explanação sobre os pontos que serão defendidos pela entidade no Congresso Nacional.

A entidade também terá encontro com a presidente Dilma Rousseff, previsto para as 17h desta terça-feira. De acordo com o presidente da CNM, o evento conta com a participação de 1,3 mil inscritos, entre prefeitos, secretários, assessores e jornalistas.

Votação
O presidente da Câmara, Marco Maia, confirmou por volta do meio-dia que haverá sessão extraordinária na noite de hoje para votar o projeto do novo Código Florestal. Ele disse que há perspectivas de acordo sobre o texto, mas lembrou que as negociações ainda estão em andamento.

Maia disse que cabe ao relator do projeto, Aldo Rebelo, construir um relatório a partir do que vem sendo discutido nas últimas semanas. O presidente defendeu a votação de um texto que proteja o meio ambiente e, ao mesmo tempo, garanta segurança jurídica e condições de produção à agricultura.

Confira alguns dos pontos polêmicos do projeto de novo Código Florestal:
1. Topos de morros e encostas, que via de regra são Áreas de Proteção Permanente (APP), poderiam ser utilizados para plantio de culturas que hoje já utilizam essas áreas, como café, maçã e pecuária extensiva.

2. O novo texto de Aldo Rebelo fixa uma área de preservação ao longo de cursos d'água. No caso de a exigência de preservação de 30 m, por exemplo, não deixa claro se é obrigatória uma área de preservação de 15 m de cada lado dos rios ou se é possível cumprir os 30 m apenas em uma margem e utilizar o outro lado do rio para plantio à vontade.

3. O texto mais recente apresentado por Aldo Rebelo estabelece também que os proprietários de pequenos módulos rurais (de 20 a 400 hectares) poderão manter apenas o percentual de vegetação nativa que possuíam até 2008. A iniciativa acaba por penalizar aqueles que cumpriram a legislação ambiental no passado, uma vez que o reflorestamento de áreas degradadas nesses módulos fiscais não seria obrigatório.

4. O projeto daria ainda aval para que governos estaduais e municipais declarassem uma área como "interesse social" para produção de alimentos, abrindo brechas para mais desmatamento.

5. A proposta de Aldo Rebelo promove por fim uma anistia à multa de desmatadores, permitindo que as penalidades fiquem suspensas desde que o infrator se comprometa a recuperar a área degradada.

Fonte: Agência Brasil

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Dow Jones atinge recorde de fechamento após dados econômicos favoráveis dos EUA
Dólar à vista fecha em alta pela 5ª sessão apesar de intervenções do BC
Ibovespa tem melhor mês do ano com expectativa sobre juros nos EUA
Taxas longas de juros futuros disparam com temor fiscal após alta da dívida bruta no Brasil
S&P fecha em alta após dados econômicos favoráveis dos EUA
Desemprego baixo não provoca "inflação grande" em serviços, mas preocupa, diz Campos Neto