BC do Japão mantém juro baixo e cria linha especial pós-terremoto

Publicado em 07/04/2011 07:51
O Banco do Japão (BOJ) vai oferecer 1 trilhão de ienes (US$ 11,7 bilhões) em empréstimos baratos para incentivar as instituições financeiras nas áreas afetadas pelo terremoto e tsunami de 11 de março. Com isso, espera que as entidades no noroeste do Japão desempenhem um papel importante no trabalho de reconstrução.

"A economia japonesa está sob forte pressão de baixa, principalmente do lado da produção, por causa de efeitos do desastre do terremoto", comentou o presidente do BOJ, Masaaki Shirakawa.

O banco central japonês decidiu nesta quinta-feira também manter a taxa de juro dentre zero e 0,1% e conservar seu fundo de compra de ativos. Reviu para baixo ainda sua avaliação da economia em razão das incertezas e avisou estar pronto para relaxar mais a política monetária para lidar com crise nuclear e outros problemas no setor de energia.

Ontem, a autoridade monetária disse que comprou 137,9 bilhões de ienes de bônus corporativos, sua terceira compra desse tipo de papel desde o relaxamento da política monetária em outubro do calendário passado. Algumas fontes do mercado disseram que parte considerável da compra foi de tpitulos da Tokyo Electric Power Co. (Tepco), a operadora da usina nuclear de Fukushima danificada pelo terremoto do mês passado.

A operação do BC do Japão foi a primeira desde 14 de março, quando a instituição ampliou a cota de compra de bônus corporativo de 500 bilhões de ienes para 2 trilhões de ienes a fim de expandir o financiamento para companhias afetadas pela catástrofe de março, apontou a Kyodo News.

Fonte: Valor Online

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Dow Jones atinge recorde de fechamento após dados econômicos favoráveis dos EUA
Dólar à vista fecha em alta pela 5ª sessão apesar de intervenções do BC
Ibovespa tem melhor mês do ano com expectativa sobre juros nos EUA
Taxas longas de juros futuros disparam com temor fiscal após alta da dívida bruta no Brasil
S&P fecha em alta após dados econômicos favoráveis dos EUA
Desemprego baixo não provoca "inflação grande" em serviços, mas preocupa, diz Campos Neto