Compras perdem força, mas dólar ainda sobe 0,12%, a R$ 1,666

As ordens de compra perdem fôlego e o dólar comercial ronda a estabilidade no pregão desta quarta-feira. Por volta das 13h10, a moeda americana subia 0,12%, a R$ 1,666 na venda, depois de fazer máxima a R$ 1,671.

No mercado futuro, o dólar para fevereiro, negociado na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), tinha leve alta de 0,17%, a R$ 16735.

Novamente a formação de preço começa a se descolar do câmbio externo, onde a moeda americana toma fôlego junto com os indicadores positivos da economia dos Estados Unidos.

Há pouco, o Dollar Index, que mede o desempenho da divisa americana ante uma cesta de moedas, ganhava 0,90%, a 80,16 pontos. Já o euro opera com firme baixa, caindo mais de 1%, para a linha de US$ 1,31.

O melhor de preço do dólar parece ter acompanhado a virada de mão na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que sobe cerca de 0,80%, enquanto seus pares em Wall Street ainda rondam a estabilidade.

De volta ao câmbio, o Banco Central (BC) apresentou os dados sobre o fluxo cambial em 2010. O saldo no ano ficou positivo em US$ 24,354 bilhões, sendo US$ 26 bilhões em ingressos na conta financeira e déficit de US$ 1,65 bilhão na conta comercial. O resultou ficou 15% menor que o saldo de US$ 28,732 bilhões registrado em 2009.

Já as atuações do Banco Central (BC) no mercado à vista somaram US$ 41,417 bilhões, alta de 72% no comparativo anual. Ou seja, a autoridade monetária comprou US$ 16,863 bilhões a mais do que o fluxo, estimulando, assim, a montagem de posições vendidas no mercado à vista pelos bancos, que não coincidentemente fecharam 2010 com estoque vendido de US$ 16,783 bilhões.

Em 2009, as compras no mercado à vista feitas pelo BC tinham somado US$ 24,038 bilhões, contra um fluxo de US$ 28,732 bilhões, ou seja, a autoridade monetária comprou US$ 4,694 bilhões a menos do que os ingressos. Essa sobra de dólares estava com os bancos, que apresentavam posição comprada no mercado à vista de US$ 3,391 bilhões no fim de 2009.