Dólar fecha a R$ 1,72 e acumula alta de 2,6% na semana; Bovespa cai 1,26%

Publicado em 12/11/2010 16:15

O Banco Central limitou sua intervenção no mercado de câmbio doméstico a somente um leilão para compra de moeda, próximo das 16h (hora de Brasília), quando aceitou ofertas por R$ 1,7231 (taxa de corte). Nesta semana, a taxa valorizou 2,6%, enquanto no mês a alta acumulada é de 1,17%.

O mercado repercutiu hoje o encerramento da reunião do G20 (grupo dos países mais ricos), estabeleceu compromissos contra a "guerra cambial" (medidas unilaterais para desvalorizar as moedas locais), mas sem o anúncio de medidas concretas para enfrentar os desequilíbrios externos.

A relativa frustração com a falta de resultados do G20, na visão de vários analistas, reforçou a percepção dos agentes financeiros de que o Brasil pode anunciar novas iniciativas para combater a desvalorização do câmbio.

Nesse ambiente de negócios, a cotação do dólar foi pressionada durante todo a jornada, oscilando entre a taxa mínima de R$ 1,713 e a máxima de R$ 1,725, para encerrar o expediente a R$ 1,724 (alta de 0,29%). Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,820 para venda e por R$ 1,660 para compra.

Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) desvaloriza 1,26%, aos 70.296 pontos. O giro financeiro é de R$ 4,7 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sofre perdas de 0,90%.

Em seu comunicado oficial, as autoridades presentes ao encontro do G20 salientam que os países deve aceitar "sistema de taxas de câmbio mais determinado pelo mercado" além de "abster-se de desvalorizações competitivas de moedas".

"As economias avançadas, incluindo aquelas com moedas de reserva, permanecerão vigilantes à volatilidade excessiva e aos movimentos desordenados das taxas de câmbio. Estas ações ajudarão a reduzir o risco de excessiva volatilidade nos fluxos de capital que alguns países emergentes enfrentam", afirmam os líderes do G20, no texto final.

Entre as primeiras notícias do dia, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) reportou as vendas do setor varejista aumentaram 0,4% em setembro ante agosto. Trata-se do quinto mês consecutivo de crescimento.

A inflação medida pelo IGP-M foi de 0,79% em novembro, na primeira estimativa prévia desse índice feita pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). Para o mesmo período de apuração no mês anterior, a variação foi de 0,75%.

E a agência europeia de estatísticas, a Eurostat, informou que o PIB (Produto Interno Bruto) dos países da zona do euro cresceu 0,4% no terceiro trimestre, ante 1% no segundo trimestre. A economia da Alemanha, a maior da região, expandiu a uma taxa de 0,7% no terceiro trimestre, em linha com as expectativas do mercado financeiro.

JUROS FUTUROS

No mercado futuro de juros, que serve de referência para o custo dos empréstimos nos bancos, as taxas projetadas retrocederam nos contratos mais negociados.

No contrato para julho de 2011, a taxa projetada recuou de 11,07% ao ano para 11,02%; para janeiro de 2012, a taxa prevista cedeu de 11,60% para 11,52%. E no contrato para janeiro de 2013, a taxa projetada caiu de 11,97% para 11,92%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.

Fonte: Folha Online

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