Xangai recua 5% e puxa queda de Bolsas da Ásia

Publicado em 12/11/2010 08:47
As Bolsas de Valores da Ásia encerraram em queda nesta sexta-feira, pressionadas por tombo em Xangai, em meio a rumores de aumento de taxa de juros e recuo geral de ações de empresas ligadas a máterias-primas.

A Bolsa de Xangai despencou 5,16%, maior declínio diário desde maio. Além das ações de matérias-primas, os investidores se livraram de papeis de grandes instituições financeiras.

O clima foi abalado por forte queda nos futuros de commodities, que caíram sob os rumores de um aumento iminente na taxa de juros. O nível psicológico de 3.000 pontos foi perdido e o indicador do mercado em Xangai encerrou a 2.985 pontos.

Analistas afirmam que a maior volatilidade já era esperada para o índice nesse período de fim de ano enquanto autoridades tomam medidas para manter sob controle a liquidez no sistema financeiro, incluindo o aumento do compulsório de bancos anunciado esta semana.

Às 8h10 (horário de Brasília), o índice MSCI que acompanha as Bolsas da região da Ásia-Pacífico, exceto Japão, exibia forte desvalorização de 2,04%, aos 467,98 pontos, pressionado pelo setor de telecomunicações e financeiro. O índice encerrou com a maior baixa semanal desde julho.

O índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, fechou em queda de 1,39%, para 9.724 pontos, mas ainda conseguiu acumular alta de 1% na semana.

Apesar das quedas expressivas na região, com destaque para os mercados chineses, analistas não se mostram de todo preocupados sobre a perspectiva no longo prazo.

"Depois dessa semana, os investidores não querem manter a posição no fim de semana... Então vendem na sexta-feira e voltam na segunda-feira", disse Markus Rosgen, estrategista de ações no Citi em Hong Kong.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou em queda de 1,93%, para 24.222 pontos, enquanto Taiwan caiu 1,43%, a 8.316 pontos. A Bolsa de Seul fechou em ligeira queda de 0,08%, para 1.913 pontos. O mercado em Sydney recuou 0,76%, para 4.692 pontos. Cingapura perdeu 1,26%, em 3.252 pontos.

Fonte: Reuters

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