Dólar fecha em queda de 0,67%, a R$ 1,774; Bovespa mantém forte alta

Publicado em 20/07/2010 16:57

O mercado de câmbio doméstico foi beneficiado pela virada na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) nesta terça-feira e terminou o dia em queda. A Bolsa foi beneficiada pela alta nas ações de mineração e siderurgia, em especial a Vale, que registra valorização acima de 5%.

"Hoje foi um dia atípico no mercado. A Bolsa estava acompanhando o mercado externo, mas acabou revertendo a tendência por causa da Vale. Isso pressionou o dólar, que chegou a cair mais de 1% durante a manhã", afirmou Felipe Pellegrini, do banco Confidence.

Nesse cenário, a taxa de câmbio atingiu R$ 1,774 nas últimas operações do dia, em um decréscimo de 0,67% sobre o fechamento de ontem. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,801 e R$ 1,771. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo avançou para R$ 1,910, estável.

Ainda operando, Bovespa tem valorização de 1,84%, aos 64.459 pontos. Nos Estados Unidos, o Dow Jones também virou e agora opera em alta de 0,68%.

A valorização nas ações de mineradoras e siderúrgicas foi influenciada pela notícia de que a produção mundial de aço cresceu 18% em junho e 27,9% no primeiro semestre. Embora na maioria dos países o nível ainda esteja abaixo do registrado antes da crise, o indicador mostra que as indústrias de todo o mundo estão em ritmo de recuperação.

Além disso, notícias dão conta de que as mineradoras vão pressionar por um aumento no preço do minério de ferro no mercado internacional no segundo semestre. O presidente da MMX, Roger Downey afirmou hoje que prevê que o preço do minério vai se recuperar até do final do ano e que a perspectiva para o setor é positiva no longo prazo.

De acordo com Pellegrini, houve entrada grande de moeda estrangeira no mercado brasileiro hoje, mas sem motivo específico. "Isso pode significar uma expectativa de aumento da taxa Selic amanhã", afirmou.

O Copom (Comitê de Política Monetária) iniciou hoje reunião para definir o rumo da taxa básica de juros do país, hoje em 10,25% ao ano. A decisão será anunciada na quarta-feira. A projeção majoritária no mercado é de um aumento de 0,5 ponto percentual.

JUROS FUTUROS

No mercado futuro de juros, que serve de referência para o custo dos empréstimos nos bancos, as taxas projetadas retraíram novamente.

No contrato para outubro deste ano, a taxa prevista caiu para 10,83%; no contrato para janeiro de 2011, a taxa projetada recuou para 10,96%; e no contrato para janeiro de 2012, a taxa prevista caiu para 11,61%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.

Fonte: Folha Online

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