Um Plano Safra mais verde
Apesar de esquivar-se de detalhes para não antecipar a solenidade marcada para esta segunda-feira, Gerardo Fontelles, secretário-executivo do Ministério da Agricultura, confirmou ontem a Zero Hora o viés ambiental do plano:
– Ele (o plano) está focado nisso, que é um compromisso de governo.
Entre as medidas, espera-se uma linha de crédito de cerca de R$ 1 bilhão, com taxas de 6% ao ano, para cultivo em áreas degradadas, em geral já utilizadas na criação de gado. A intenção é promover o uso de tecnologias sustentáveis nessas áreas, como o plantio na palha e a produção integrada lavoura-pecuária-floresta.
O ministério também deve destinar R$ 2,4 bilhões, a taxas de juros de 9% ao ano, ao estímulo da produção e à estocagem de etanol. A ideia é reduzir a volatilidade dos preços pagos pelos consumidores.
Na semana passada, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, já havia antecipado novidades para a agricultura empresarial 2010/2011. Segundo Rossi, os produtores vão receber uma verba adicional como estímulo para práticas sustentáveis por meio do programa ABC: Agricultura de Baixo Carbono.
No caso de armazenagem de grãos, o programa deve prever o financiamento para a construção de silos nas propriedades. Para isso, devem ser liberados recursos, com prazo de pagamento de 12 anos, sendo três de carência. O limite deve ser de R$ 1,3 milhão por propriedade. Se houver um consórcio, o valor pode chegar a R$ 4 milhões.