Ministério entende que agricultura familiar faz parte do agronegócio
Para o secretário, a agricultura é uma mola propulsora para a redução da pobreza no país. Com base em dados do último Censo, ele afirmou que 33 milhões de brasileiros saíram da linha da pobreza, dos quais 5,3 milhões são do meio rural.
“Nos últimos sete anos e meio, tempo do governo Lula, foram feitos grandes investimentos, principalmente em energias renováveis, como os biocombustíveis, na região Nordeste”, afirmou. Entre os desafios para a agricultura brasileira nos próximos anos, Adoniram destacou a redução dos custos de produção e conciliar agricultura e meio ambiente.
Ele apresentou várias linhas de créditos disponíveis hoje nos programas do Ministério da Agricultura, com destaque para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que financia projetos individuais ou coletivos de geração de renda para agricultores familiares e assentados da reforma agrária. O programa possui as mais baixas taxas de juros dos financiamentos rurais, além das menores taxas de inadimplência entre os sistemas de crédito do país.
Segundo o secretário, durante os últimos sete anos o Pronaf realizou 2,5 milhões de contratos, com juros de 1% a 2% ao ano. Entre os anos 2000 e 2005, o volume de crédito concedido foi de R$ 2,3 bilhões. Já entre os anos de 2009 e 2010, o valor saltou para R$ 15 bilhões
Adoniram Peraci também destacou o Pronaf Custeio, linha destinada aos agricultores e suas cooperativas ou associações para que financiem as necessidades de custeio do beneficiamento e industrialização da produção própria e/ou de terceiros. O valor do crédito é de até R$ 5 milhões, com taxa de juros a 4% ao ano. Outra linha é o Pronaf Cota-Parte, que disponibiliza recursos para investimentos para a integralização de cotas-partes dos agricultores familiares filiados as cooperativas de produção ou para a aplicação em capital de giro, custeio ou investimento.