Pesquisa IBOPE/CNA revela que brasileiros condenam invasões do MST
As invasões depropriedades rurais e atos de vandalismo promovidos pelo Movimento dosTrabalhadores Rurais Sem Terra (MST) são cada vez mais condenados pela populaçãobrasileira. É o que aponta pesquisa do Instituto Brasileiro de Opinião Pública eEstatística (Ibope), encomendada pela Confederação da Agricultura e Pecuária doBrasil (CNA) para avaliar a visão dasociedade sobre o MST, por meio de um levantamento com 2 mil pessoas. Na opiniãode 92% dos entrevistados, as invasões são consideradas ilegais e 75% repudiam esta iniciativa como principal solução para obtenção de terras para produçãoagropecuária e assentamento de famílias.
O estudo também constatou que 72% dos que participaram dapesquisa consideram que o poder público deve utilizar a polícia para cumprir ordens judiciais de retirada dos invasores, enquanto 61% acham que o governodeve cumprir os mandados de reintegração de posse. Já os proprietários defazendas não devem usar armas próprias para se proteger ou prevenir invasões emsuas propriedades, de acordo com 69% dos entrevistados. Segundo 61% das pessoasouvidas, o caminho mais adequado para resolver a questão destas ocupaçõesilegais é a justiça.
A rejeição às atitudes promovidas pelossem-terra nos últimos anos fez com que a população deixasse de associá-losdiretamente à reforma agrária. Ao falar do MST, 69% dos entrevistados no estudoencomendado pela CNA ligam omovimento primeiramente a invasões, 53% a atos de violência, e 54% atribuem osconflitos no campo ao MST. Soma-se a este indicativo o fato de que 78% citam asinvasões como principal ação dos seus integrantes para atingir seus objetivos.
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A pesquisa revela ainda que 57% consideram que o MST sedesviou dos seus principais objetivos. Em relação a um deles, a reforma agrária,66% acham que as invasões não têm como foco o assentamento das famílias, mas umaforma de pressionar o governo federal. Observou-se que 60% acreditam que o MSTmais prejudica do que atrapalha a reforma agrária. Ainda no estudo, mais de 70%dos entrevistados responderam que a organização prejudica o
desenvolvimentoeconômico e social, a geração de empregos,os
investimentos nacionais e estrangeiros e a imagem do Brasil no exterior.
Em relação às movimentações financeiras doMST, a pesquisa mostrou que 56% das pessoas ouvidas acreditam que o movimentorecebe recursos públicos federais. Para 28% deles, estas verbas financiam principalmente as invasões de terra. Desta forma, constatou-se que 82% apóiam aComissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar quem de fato dásuporte financeiro aos integrantes do movimento.