Rússia e Ucrânia trocam novas acusações de violação do cessar-fogo energético

Publicado em 02/04/2025 07:45 e atualizado em 02/04/2025 09:22

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MOSCOU (Reuters) - Rússia e Ucrânia se acusaram mutuamente nesta quarta-feira de lançar novos ataques contra as instalações de energia uma da outra, violando uma moratória mediada pelos Estados Unidos.

Ambos os lados disseram que estavam fornecendo detalhes das supostas violações aos Estados Unidos, que fizeram com que Moscou e Kiev concordassem com a trégua limitada no mês passado, como um passo esperado em direção a um cessar-fogo completo.

O Ministério da Defesa da Rússia disse que a Ucrânia realizou ataques com drones e bombardeios na região ocidental de Kursk que cortaram a energia de mais de 1.500 residências.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, afirmou que um drone russo atingiu uma subestação de energia na região de Sumy e que o fogo de artilharia danificou uma linha de energia em Dnipropetrovsk, cortando a eletricidade de quase 4.000 consumidores.

O governo do presidente dos EUA, Donald Trump, está impaciente com a necessidade de ambos os lados agirem mais rapidamente para acabar com a guerra de três anos.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que o fato de o presidente Vladimir Putin ter concordado com a trégua energética é prova de que ele está seriamente empenhado em um processo de paz -- algo que Kiev e alguns de seus aliados europeus contestam.

Peskov declarou que Moscou continuará trabalhando com os norte-americanos, apesar do que ele chamou de ataques ucranianos diários à infraestrutura de energia russa.

Zelenskiy disse na terça-feira que a Rússia estava quebrando a trégua energética e pediu aos EUA que aumentassem as sanções contra Moscou, como Trump ameaçou fazer.

A Ucrânia afirmou no mês passado que estava disposta a aceitar um cessar-fogo completo de 30 dias, mas Putin se recusou a concordar com isso, levantando uma série de questões sobre como seria monitorado e preocupações de que a Ucrânia usaria o espaço para respirar para mobilizar mais soldados e adquirir mais armas do Ocidente.

(Reportagem da Reuters em Moscou)

Fonte: Reuters

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