Futuros do Nasdaq lideram perdas após previsão decepcionante da Nvidia
(Reuters) - Os futuros do Nasdaq lideravam as perdas entre os futuros dos principais índices de Wall Street nesta quinta-feira, com as ações da Nvidia recuando nas negociações de pré-abertura depois que os investidores não ficaram impressionados com a previsão de receita da líder em inteligência artificial.
O futuro do S&P 500 caía 0,26%, enquanto o contrato futuro do Nasdaq 100 tinha queda de 0,35%, e o futuro do Dow Jones recuava 0,09%.
A Nvidia superou as expectativas de lucro trimestral, mas a empresa projetou o crescimento de receita mais lento em sete trimestres e suas margens brutas ajustadas encolheram, fazendo com que suas ações caíssem 3,8% na pré-abertura.
"Pelo seu valor nominal, a Nvidia mais uma vez gerou o tipo de crescimento que a maioria das empresas jamais alcançará em sua vida útil", disse Dan Coatsworth, analista de investimentos da AJ Bell.
"O que incomodou os investidores desta vez foi um declínio trimestral nas margens brutas, com orientação para que elas caiam ainda mais no próximo trimestre e orientação futura mais fraca do que o esperado para a receita."
O sentimento se espalhava para outras ações de chips, com a Broadcom caindo 1%, a Qualcomm perdendo 1,1% e a Advanced Micro Devices recuando 0,7%.
Os papéis de megacaps também tinha baixas. A Microsoft caía 0,3%, enquanto a Apple e a Amazon.com recuavam 0,2% cada.
A Nvidia tem liderado grande parte dos ganhos em Wall Street desde meados de 2023, com base nas expectativas de que a integração da inteligência artificial pode aumentar os lucros das empresas. Suas ações aumentaram mais de nove vezes nos últimos dois anos e a empresa ostenta um valor de mercado de 3,5 trilhões de dólares.
Os índices de Wall Street têm recuado de suas máximas recordes, com a euforia pós-eleitoral cedendo lugar à cautela depois que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, nomeou os escolhidos para seu gabinete, enquanto os mercados avaliam o possível impacto inflacionário de suas políticas.
Os investidores também estavam olho na escalada das tensões entre a Rússia e a Ucrânia, depois que a Rússia lançou um míssil balístico intercontinental em retaliação ao ataque ucraniano com mísseis norte-americanos e britânicos no início desta semana.
(Por Purvi Agarwal e Johann M Cherian em Bengaluru)