Setor de serviços dos EUA fica quase estável em agosto; emprego mostra esfriamento
WASHINGTON (Reuters) - A atividade do setor de serviços dos Estados Unidos ficou quase estável em agosto, mas uma medida sobre emprego desacelerou, o que é consistente com o esfriamento do mercado de trabalho no país.
O Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM) informou nesta quinta-feira que seu índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor não manufatureiro teve pouca oscilação, ficando em 51,5 no mês passado, em comparação com 51,4 em julho.
Uma leitura do PMI acima de 50 indica crescimento no setor de serviços, que responde por mais de dois terços da economia dos EUA. O ISM considera que as leituras acima de 49, ao longo do tempo, geralmente indicam uma expansão da economia como um todo.
Economistas consultados pela Reuters previam que o PMI de serviços cairia para 51,1. O relatório se somou aos sólidos números de gastos dos consumidores em julho, sugerindo que a economia continuou se expandindo, embora em um ritmo moderado em relação ao ano passado.
Um salto na taxa de desemprego para 4,3%, um recorde de quase três anos, em julho, provocou temores de uma recessão e colocou um corte de 50 pontos-base na taxa de juros sobre a mesa este mês, quando se espera que o Federal Reserve inicie seu ciclo de afrouxamento monetário.
A medida de novos pedidos da pesquisa subiu de 52,4 em julho para 53,0. A medida de emprego em serviços caiu para 50,2, de 51,1 em julho.
O mercado de trabalho está desacelerando, mas dificilmente se deteriorando. Os dados do governo na quarta-feira mostraram que houve 1,07 vaga de emprego para cada pessoa desempregada em julho, abaixo do 1,16 em junho.
A inflação de serviços teve pouca alteração no mês passado. A medida de preços pagos para insumos de serviços subiu de 57,0 em julho para 57,3. As pressões dos preços na economia estão diminuindo, à medida que os custos de empréstimos mais altos restringem a demanda.
(Por Lucia Mutikani)