Minério de ferro recua enquanto investidores aguardam sinais de recuperação da demanda
PEQUIM (Reuters) - Os preços dos contratos futuros de minério de ferro recuaram nesta quarta-feira em relação às máximas de quase três semanas, com os investidores se mostrando cautelosos antes da divulgação de dados nesta semana que poderão indicar melhor se a demanda por aço na China tem mostrado sinais de recuperação.
O contrato de janeiro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) na China recuperou as perdas registradas mais cedo e encerrou as negociações do dia estável em 754,5 iuanes (105,81 dólares) a tonelada, após um aumento de mais de 3% na sessão anterior.
O minério de ferro de referência de setembro na Bolsa de Cingapura caiu 0,64%, a 100,95 dólares a tonelada, depois de atingir uma alta intradiária de 102,5 dólares a tonelada no início da sessão.
Ambos os índices de referência atingiram máximas de quase três semanas na terça-feira, quando haviam subido por duas sessões consecutivas.
"O valuation do mercado de ferrosos se recuperou um pouco graças à persistente alta dos preços, e os preços futuros dos produtos siderúrgicos e do minério de ferro estão um pouco mais altos do que seus equivalentes no mercado à vista", disse Cheng Peng, analista da Sinosteel Futures, com sede em Pequim.
"Uma nova tendência de alta exigirá mais políticas de estímulo ou um sinal claro de recuperação da demanda downstream."
Essa onda de recuperação de preços foi impulsionada principalmente pela forte expectativa de aumento da demanda após as usinas retomarem a produção para a próxima temporada de pico de consumo, disseram analistas da Guotai Junan Futures em nota.
Os índices de referência do aço na Bolsa de Futuros de Xangai tiveram comportamentos mistos. O vergalhão subiu perto de 0,2%, o fio-máquina ganhou quase 0,9%, enquanto a bobina laminada a quente caiu quase 0,2% e o aço inoxidável perdeu 0,14%.
Outros ingredientes de fabricação de aço na Bolsa de Dalian subiram, com o carvão metalúrgico e o coque avançando 0,8% e 0,69%, respectivamente.
(Reportagem de Amy Lv, Mei Mei Chu e Gabrielle Ng)