Dólar interrompe série de quedas e fecha em leve alta no Brasil
Por Fabricio de Castro
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar interrompeu uma sequência de seis sessões consecutivas de baixa e fechou a quarta-feira em leve alta ante o real, com parte dos investidores recompondo posições compradas na moeda norte-americana no Brasil, em um dia de sinais mistos para a divisa dos EUA no exterior.
Após ter acumulado queda de 5,09% em seis dias úteis, o dólar à vista fechou a quarta-feira em alta de 0,37%, cotado a 5,4691 reais. Em agosto, a moeda norte-americana acumula baixa de 3,30%.
Às 17h02, na B3 o dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,22%, aos 5,4800 reais.
Pela manhã, o destaque foi a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA em julho, que aumentou 0,2%, depois de cair 0,1% em junho. Nos 12 meses até julho, o índice aumentou 2,9%, após avanço de 3,0% em junho, conforme o Departamento do Trabalho.
Economistas consultados pela Reuters previam que o CPI aumentaria 0,2% no mês e 3,0% no comparativo anual.
Os números dentro do esperado permitiram que o dólar continuasse no movimento mais recente de queda ante o real, o que fez a moeda à vista atingir a cotação mínima de 5,4289 reais (-0,37%) às 9h55, já após a divulgação do CPI.
“Com o dólar mais barato, houve certa recomposição de posições por parte de investidores, o que fez as cotações ganharem força”, pontuou o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik.
Essa recomposição de posições compradas (no sentido de alta do dólar) no mercado futuro -- o mais líquido no Brasil e, no limite, o que determina as cotações no segmento à vista -- recolocou a moeda norte-americana no território positivo. Às 14h09, o dólar à vista marcou a máxima de 5,4879 reais (+0,71%).
No restante da tarde o dólar à vista oscilou em alta, mas pouco se distanciando do nível de fechamento da véspera. O movimento limitado estava em sintonia com o exterior, onde a moeda norte-americana não tinha um viés único. No fim da tarde, o dólar subia ante o peso chileno e o dólar australiano, mas cedia em relação ao peso mexicano e o peso colombiano.
Pela manhã, o Banco Central vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional em leilão para fins de rolagem do vencimento de 1º de outubro de 2024.